O Five-hundred-metre Aperture Spherical Telescope (FAST), conhecido por ser um dos maiores rádiotelescópios do mundo, já está oficialmente funcional. A estrutura com 500 metros de diâmetro localizada na província de Guizhou, uma das zonas mais pobres e montanhosas da China, foi concluída no verão de 2016 e inicia agora oficialmente as suas operações após um período de testes de três anos.
De acordo com a Xinhua, a agência oficial do governo chinês, os indicadores técnicos do Tianyan, ou “olho do céu” em português, revelam que o telescópio está a cumprir todos os requisitos necessários para o seu funcionamento. A equipa por trás do FAST prevê que o rádiotelescópio ajude os cientistas de todo o mundo a fazer descobertas importantes ao longo dos próximos dois a três anos.
Com uma extensão equivalente a 30 campos de futebol, o FAST demorou cerca de cinco anos a ser construído. A sua superfície composta por 4.450 refletores triangulares faz com que tenha a mais elevada sensibilidade de deteção de sinais vindos do espaço, servindo para observar fenómenos relacionados com matéria negra e até procurar vida extraterrestre.
O FAST é uma das prioridades na estratégia espacial da China, sendo que o seu desenvolvimento rondou valores na ordem dos 180 milhões de dólares. No entanto, a sua construção implicou um “custo” em particular. Cerca de 9.100 pessoas que residiam num raio de 5 km da estrutura foram obrigadas a abandonar as suas casas. Em questão estariam os efeitos negativos do campo de ondas sonoras e eletromagnéticas na população em seu redor.
O Governo chinês tem como objetivo levar um Homem à Lua até 2036, seguindo as ambições da NASA em chegar de novo ao satélite natural da Terra numa missão tripulada em 2024. Depois de ter revelado que o primeiro foguetão SLS (Space Launch System) do programa Artemis já está construído e pronto para uma “maratona” de testes, a agência espacial norte-americana está também a treinar um rover lunar para encontrar depósitos de água gelada no pólo sul da Lua.
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