A SpaceX quer levar o Homem a Marte e, anteriormente, já tinha revelado que ambiciona construir uma base espacial no Planeta. Agora, à medida que o desenvolvimento da Starship vai progredindo, a empresa liderada por Elon Musk deu a conhecer que tem planos para criar uma constelação de satélites Starlink em Marte.

“Assim que levarmos pessoas a Marte, elas vão precisar de uma forma para comunicar”, afirmou Gwynne Shotwell, Chief Operating Officer (COO) da SpaceX, numa recente entrevista à revista TIME. “Aliás, creio que será ainda mais crítico ter uma constelação como a Starlink em Marte”.

Além das telecomunicações marcianas, Gwynne Shotwell sublinhou que será necessário encontrar uma forma de ligar quem vai viver no Planeta Vermelho a quem está na Terra. “Temos de assegurar que existem telecomunicações robustas”, indicou a responsável.

De acordo com a COO da SpaceX, todo o objetivo da missão a Marte é “dar à humanidade uma outra oportunidade de sobreviver caso aconteça algo terrível na Terra”, acrescentando que Elon Musk fundou a empresa tendo precisamente em vista “o desenvolvimento de formas de transporte que sejam capazes de levar os humanos a outros planetas”.

Entretanto, a constelação de satélites Starlink que orbita em torno da Terra continua a crescer. Recorde-se que a empresa planeia enviar 42.000 satélites para a órbita da Terra, tendo como objetivo criar uma rede de internet de alta velocidade que seja barata e acessível a todos no planeta.

SpaceX colocou 60 novos satélites Starlink em órbita. Elon Musk garante um teste público para "breve"
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No início de outubro, após o lançamento de mais uma remessa de 60 satélites, Elon Musk afirmou que, assim que o grupo de equipamentos enviado se alinhar com o conjunto já em órbita, estarão reunidas as condições para avançar com um teste beta público mais alargado nas regiões do norte dos Estados Unidos e o sul do Canadá. O responsável salientou também que os testes vão expandir-se a outros países assim que receber a aprovação dos reguladores.

Estima-se que os últimos 60 satélites enviados cheguem ao seu destino em fevereiro de 2021, o que irá permitir avançar com os testes abertos. Desde setembro que estão decorrer testes beta fechados no estado de Washington, restritos às forças militares e técnicos de emergência.