As baterias de iões de lítio são usadas em quase tudo, desde smartphones a computadores portáteis, passando ainda por veículos elétricos. Contudo, não são a opção mais amiga do ambiente. Os cientistas estão a tentar desenvolver baterias à base de potássio, uma opção considerada mais sustentável, há já algum tempo e, recentemente, um grupo de investigadores fez uma descoberta que poderá mudar a forma como damos energia aos equipamentos.
Num estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, a equipa de investigadores afirma que conseguiu encontrar uma possível solução para o “calcanhar de Aquiles” das baterias de potássio. Um dos problemas encontrados neste tipo de bateria é a formação de dendrites, ou pequenos cristais de metal que podem encurtar o seu tempo de vida útil e até causar explosões.
Os cientistas chegaram à conclusão de que a melhor forma de lidar com as dendrites é queimá-las de forma controlada, num processo a que chamam “auto-regeneração”. Embora o facto de as baterias desenvolvidas serem capazes de se aquecer automaticamente e serem potencialmente perigosas, a equipa continua a testar formas de garantir a segurança dos utilizadores. Agora, os investigadores vão tentar reproduzir os resultados que obtiveram anteriormente em baterias de tamanho industrial.
Ainda este ano, uma equipa de cientistas afirmou ter criado a bateria de lítio mais eficiente até à data, prometendo uma autonomia de mais de 1.000 quilómetros a um veículo autónomo ou mesmo manter um smartphone a funcionar durante cinco dias, ambos sem recarregar. Para criá-la, os cientistas utilizaram a mesma base presente nas típicas baterias, reconfigurando o design dos cátodos de enxofre para não perder o desempenho, mesmo em situações de desgaste.
Para além das alternativas com metais pesados, os investigadores do IBM Research Lab conseguiram desenvolver um novo tipo de tecnologia para baterias que utiliza substâncias extraídas de água do mar. Os cientistas afirmam que a tecnologia consegue superar as baterias de lítio a nível a de custo, de tempo de carregamento e de eficácia energética. Uma vez que é também menos inflamável, apresenta possibilidades de utilização em aeronaves e redes inteligentes de energia.
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