Os satélites partiram a bordo do Falcon 9 da SpaceX e já deram sinais de vida à equipa de controle da NASA, com a comunicação bem sucedida cerca de 3 horas depois de terem sido separados da nave. A missão TRACERS ((Tandem Reconnection and Cusp Electrodynamics Reconnaissance Satellites) está no bom caminho para cumprir os seus objetivos e trazer mais informação sobre o impacto do Sol e do clima espacial na Terra.

Nas próximas quatro semanas os dois satélites gémeos que integram a missão TRACERS vão ainda passar por um processo de calibração e verificação dos instrumentos e sistemas, começando depois a sua tarefa de estudar o campo magnético da Terra.

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Depois seguem para a órbita que passa por uma das regiões mais misteriosas, a cúspide polar, localizada a cerca de 400 km acima do Polo Norte, e que tem efeitos no campo magnético que afetam a propagação de sinais de rádio e GPS. Vão investigar eventos magnéticos explosivos que acontecem quando o campo magnético do sol, transportado pelo vento solar, colide com o campo magnético da Terra.

"Esta colisão cria uma acumulação de energia que provoca a reconexão magnética, quando as linhas do campo magnético se rompem e se realinham explosivamente, lançando partículas próximas a alta velocidade", explica a NASA.

Os satélites da missão TRACERS integram a frota do departamento de heliofísica da NASA para proteger a Terra da influência do Sol, como detalha Joe Westlake, diretor da NASA para esta área.

Frota da NASA de heliofísica
Frota da NASA de heliofísica créditos: NASA

Em órbita, os dois satélites seguem muito perto um do outro, a uma distância de 10 segundos, fazendo medições da mesma localização. Durante os 12 meses da missão prevê-se a realização de 3 mil medições para construir uma imagem passo a passo da forma como a reconexão magnética evolui ao longo do tempo.

Missão TRACERS
Missão TRACERS créditos: NASA