A NASA já tinha atualizado os seus cálculos acerca da probabilidade de o asteroide 2024 YR4 colidir com a Terra em 2032 e, agora, a Agência Espacial Europeia (ESA) apresenta as suas mais recentes estimativas.  

De acordo com os novos cálculos da ESA, publicados a 21 de fevereiro, a probabilidade de impacto é agora de 0,16%. “Graças a novas observações, a Terra está agora no limite da decrescente ‘janela de incerteza”, realça a agência espacial. “Se esta tendência continuar, o risco pode chegar em breve aos 0%”.

Tendo em conta a nova informação, a ESA atualizou também o seu mapa da possível trajetória do 2024 YR4 no dia 22 de dezembro de 2032. Na animação partilhada pela agência é possível observar a evolução da rota à medida que as estimativas feitas pelos cientistas foram atualizadas.

Do lado da NASA surgem também atualizações. A agência espacial norte-americana explica que as observações feitas entre os dias 19 e 20 de fevereiro permitiram reduzir ainda mais a probabilidade de impacto do asteroide com a Terra. De 1,5%, a probabilidade passa agora a 0,28%. 

"As equipas de defesa planetária da NASA vão continuar a monitorizar o asteroide para melhorar as previsões da sua trajetória", afirma a agência espacial.

Anteriormente, a NASA tinha apontado que havia uma probabilidade baixa de o asteroide colidir com a Lua. A probabilidade, que antes era de 0,8%, aumentou ligeiramente, passando agora para 1%. 

Note-se que podem existir algumas diferenças entre as probabilidades de impacto apresentadas entre as entidades. Como explicou a ESA, “existem pequenas variações nas avaliações de risco realizadas pela ESA, NASA e pelo NEODyS, uma vez que usamos ferramentas independentes para realizar os cálculos”, acrescentando que as três equipas falam entre si frequentemente para ajudar e verificar o trabalho realizado.

Um vídeo da ESA explica como os asteroides passam de ameaça a "nada"

Recorde-se que o asteroide 2024 YR4 mede entre 40 e 100 metros de diâmetro e, apesar de ser relativamente pequeno em termos astronómicos, esta dimensão é suficiente para causar danos em caso de colisão com a Terra. 

Acredita-se que o impacto poderia libertar uma energia equivalente a 500 bombas atómicas, causando destruição significativa em áreas densamente povoadasSe o asteroide atingir a Terra, estima-se que possa devastar uma área de aproximadamente 2.150 quilómetros quadrados (ou o equivalente a 20 vezes a dimensão da cidade de Lisboa).

Os especialistas afirmam que a rotação da Terra no momento do impacto será determinante para a localização exata. Tendo em conta a gravidade do pior cenário, a ONU ativou pela primeira vez o Protocolo de Segurança Planetária, um plano de resposta que reúne a NASA, a ESA e outras agências internacionais.