Chama-se PROSSE (PROdex for Science in Space Exploration) a iniciativa lançada na semana passada para apoiar projetos de investigação e desenvolvimento na área da exploração espacial, desenvolvidos em Portugal e num período não superior a 36 meses.

Vai contar com uma verba total de 420 mil euros, para o período 2023-2025, que deve ser aplicada em três partes idênticas nos três anos de duração, embora cada projeto possa solicitar um apoio máximo de 280 mil euros. A qualidade dos projetos ditará a alocação final das verbas.

A oportunidade surge no âmbito da associação de Portugal ao programa PRODEX da Agência Espacial Europeia, que visa financiar projetos científicos relevantes para a exploração espacial, ou para outros sectores da economia e sociedade.

O programa está orientado para iniciativas de I&D que tenham como suporte infraestruturas terrestres ou suborbitais como o Space Rider, a Estação Espacial Internacional e outras, mas também pode apoiar projetos que prevejam investigação científica na Lua ou em Marte.

Como explica Joan Alabrat da Agência Espacial Europeia, “estamos a incluir aqui atividades relacionadas com a utilização de plataformas análogas espaciais, plataformas de microgravidade, instalações de radiação, ou a própria Estação Espacial Internacional”.

“O que se pretende é apoiar atividades que “possam levar a desenvolvimentos relevantes para a exploração espacial ou a realizar investigação e desenvolvimento para outros setores, como o setor farmacêutico, que beneficiem das condições únicas do espaço”, acrescenta o responsável.

A agência refere ainda que o financiamento da iniciativa PROSSE é possível através da participação nacional no programa PRODEX (PROgramme for the Development of scientific EXperiments), ao qual Portugal destinou quatro milhões de euros e que cobre áreas tão abrangentes como astronomia, astrofísica, física espacial, ciências planetárias, entre outras.

“Até agora, ao subscrever o PRODEX, estávamos a garantir que os cientistas e investigadores que trabalham em Portugal podiam participar nos projetos científicos das missões espaciais geridas pela ESA”, explica Marta Gonçalves, gestora de projetos educativos e científicos da Agência Espacial Portuguesa. “O que pretendemos fazer com o lançamento do PROSSE é alargar a oportunidade para a investigação relevante para os objetivos programáticos da estratégia “Portugal Espaço 2030”.

Os projetos apoiados devem ser desenvolvidos em Portugal, exceto em componentes que pela sua natureza obriguem ao recurso a plataformas localizadas no estrangeiro. As candidaturas podem ser feitas aqui.