
No ano passado, o Sol esteve particularmente ativo durante as primeiras semanas de maio, culminando numa das tempestades solares mais intensas das últimas décadas. A tempestade Gannon, que recebeu a classificação G5 (ou severa), não causou danos catastróficos, mas, os seus impactos fizeram-se sentir na Terra, assim como em Marte.
A agência espacial explica que, no nosso planeta, a tempestade afetou o funcionamento de linhas de alta tensão, mas também de transformadores elétricos e de sistemas de GPS. No ar, o risco acrescido de exposição a elevados níveis de radiação, assim como falhas nos sistemas de comunicação e navegação, fez com que vários voos transatlânticos tivessem de alterar as suas rotas.
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Durante a tempestade, a camada superior da atmosfera terrestre, chamada termosfera, alcançou temperaturas estranhamente elevadas. Tipicamente, a temperatura não vai além dos 650 graus Celsius, mas, durante o fenómeno, ultrapassou 1.150 graus.
Através da missão GOLD (Global-scale Observations of the Limb and Disk) da NASA foi possível observar a expansão da atmosfera que, com a temperatura a subir, gerou ventos fortes que levaram partículas de nitrogénio para altitudes mais elevadas.
Por consequência, a expansão da atmosfera afetou vários satélites em órbita. Por exemplo, o ICESat-2 da NASA perdeu altitude e entrou em modo de segurança. Já o CIRBE (Colorado Inner Radiation Belt Experiment) acabou por sair de órbita prematuramente e os satélites da missão europeia Sentinel precisaram de mais energia para manter as suas órbitas, além de manobras adicionais para evitar colisões.
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Além de impactar a magnestosfera da Terra, a tempestade alterou a estrutura da ionosfera. Uma das zonas mais densas, que cobre a região do Equador durante a noite, deslocou-se temporariamente em direção ao Polo Sul, explica a NASA.
A tempestade histórica resultou em auroras visíveis em todo o mundo, até em latitudes baixas onde não são comuns. A lista de locais raros incluiu Portugal, como pode ver na galeria que se segue.
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Os efeitos da tempestade também se fizeram sentir em Marte. A sonda MAVEN da NASA conseguiu observar auroras que envolveram todo o Planeta Vermelho e as câmaras do rover Curiosity foram afetadas. Apesar disso, os instrumentos científicos do rover conseguiram detetar o maior pico de radiação desde a sua chegada ao planeta em 2012.
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