A fabricante chinesa divulgou um vídeo onde o novo robot G1 surge como uma vítima de um “robotcídio”, estendido no chão em posição estranha. Mas, de repente, dá balanço com as pernas e levanta-se, demonstrando as capacidades de movimento e flexibilidade das articulações. Ao longo do vídeo o "agente humanoide" apresentado como um avatar de IA revela capacidades de malabarismo, de cozinheiro e até se mantém em pé após murros e pontapés.
O novo vídeo é divulgado poucas semanas depois da apresentação do novo robot humanoide Atlas Elétrico, da Boston Dynamics, que substituiu a versão anterior daquele que ficou conhecido como o robot hidráulico mais dinâmico do mundo.
Veja na galeria imagens do novo G1 da Unitree a demonstrar o que é capaz de fazer
O G1 tem um capacete e um rosto iluminado (com sensores 3D LiDAR e uma câmara de profundidade), mãos robóticas de aspeto humano, demonstrando elevada capacidade para os exercícios de chão e três dedos-pinça para mostrar as suas habilidades em casa e no local de trabalho.
Veja o vídeo
A Unitree entrou mercado dos robot-humanoides, no final de 2023, com o H1 – um robot sem rosto nem mãos – juntando-se a uma corrida já com alguns participantes como a Boston Dynamics, Figure, Sanctuary AI e a Tesla. Aliás, o H1 predispunha-se a bater novos recordes de velocidade. Andou a alta velocidade e deu um salto mortal para trás. Os chineses acompanharam o ritmo da corrida e divulgaram agora os primeiros detalhes do novo modelo, disponível por 16 mil dólares.
O H1 foi lançado a um preço de 90 mil dólares, com 10 anos de espera para entrega. O G1 apresenta um preço mais acessível, continuando a ser muito dinheiro para quem precisa de um robot ajudante, um operador de linha de montagem ou uma ferramenta de investigação.
A Unitree explica que o G1 será treinado num ambiente simulado utilizando a aprendizagem por reforço e copiando outros, sendo que todas as novas competências serão presumivelmente transmitidas a todos os humanoides. Os cérebros de processamento beneficiam de oito núcleos de alto desempenho, com Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.2.
As articulações têm entre 23 e 43 graus de ângulo de rotação e produzem um binário máximo de força até 120 Nm (Newton-metro), com o robot a garantir uma velocidade de corrida de dois metros por segundo (4,47 mph). A duração da bateria de 9.000 mAh deverá ascender a duas horas.
O G1 pesa cerca de 47 kg e pode dobrar-se para ficar com 690 x 450 x 300 mm para um transporte compacto.
A Unitree está a produzir um G1 normal e um modelo educativo melhorado, e o vídeo refere que algumas das funções apresentadas estão em desenvolvimento.
Cães-robot fazem parte da oferta da Unitree
Na Internet, em 2020, a Unitree apresentou ao mundo um vídeo do A1, um cão-robot que corre bem depressa. A Unitree é também a fabricante de outros cães-robots, que têm tido utilizados em cenários preocupantes.
Em 2023, seis fabricantes de robots mostraram-se contra a transformação de robots em armas. Os cães da Unitree haviam sido foram transformados em “Thermonator” (que lança chamas) ou utilizados como passageiros num lançador de foguetes M72 Light Anti-tank Weapon.
Para a edição de 2023 do Mobile World Congress, a Unitree Robotics levou dois robots para o seu stand. O Unitree Go1, um robot quadrúpede inteligente, dançou para o público do congresso. A empresa tinha também no seu espaço o Unitree B1, uma versão industrial, com capacidade de carga eleva para ajudar em logística.
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