Analisando o conjunto de imagens de alta-resolução capturadas pela câmara OSIRIS da missão da ESA entre agosto de 2014 e setembro de 2016, os cientistas procuraram por mudanças na superfície do 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Mais precisamente, estavam interessados em comparar o período de maior aproximação do cometa ao Sol - conhecido como periélio - com aquele após esta fase mais ativa, para entender melhor os processos que levam à evolução da superfície.
Segundo a ESA, veem-se detritos soltos por todo o cometa, mas de vez em quando os pedregulhos são capturados no momento em que são lançados no espaço ou rolam pela superfície.
Os cientistas identificaram uma nova “pedra saltitante” na região do pescoço liso que liga os dois lobos do cometa, uma área que passou por muitas mudanças visíveis de superfície em larga escala ao longo da missão. A rocha com cerca de 10m de largura supostamente caiu de um penhasco e saltou várias vezes pela superfície sem partir, deixando “pegadas”.
"Acreditamos que caiu do penhasco de 50m de altura mais próximo e é o maior fragmento desta derrocada, com uma massa de cerca de 230 toneladas", referiu Jean-Baptiste Vincent, do Instituto DLR de Pesquisa Planetária, que apresentou os resultados na conferência EPSC-DPS em Genebra, esta quarta-feira, citado pela ESA.
“Muita coisa aconteceu neste cometa entre maio e dezembro de 2015, quando foi mais ativo, mas infelizmente por causa dessa atividade, tivemos que manter Rosetta a uma distância segura. Como tal, não temos uma vista suficientemente próxima para ver superfícies iluminadas com resolução suficiente para identificar exatamente a localização ‘antes’ da pedra rolante”.
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