A NASA anunciou o envio de três novas cargas de equipamento científico e de investigação para a Lua. Duas dessas cargas vão aterrar no lado mais agastado da Lua, naquela que é a primeira vez para a agência espacial norte-americana. Todas as cargas serão transportadas no âmbito de serviços comerciais lunares de carga (CLPS na sigla inglesa), como parte do programa Artemis.

Salienta que a cada envio de equipamento para a superfície lunar aumenta a sua capacidade de investigação, não só melhorando a ciência, como testar a sua tecnologia que vai ajudar a “pavimentar o caminho para o regresso dos astronautas à Lua através do programa Artemis”.

Uma das três seleções é o Lunar Vertex, uma carga composta por um lander e um rover para ser entregue na área de Reiner Gamma, que a NASA descreve como uma das mais distintivas e enigmáticas funcionalidades naturais na Lua, conhecida por redemoinho lunar. Os cientistas ainda não compreendem muito bem o que são e como são formados, embora saibam que estão relacionados a anomalias do campo magnético da Lua. O rover Lunar Vertix vai fazer medições detalhadas do campo magnético lunar utilizando um magnetómetro a bordo para “espreitar” o interior e o núcleo do satélite natural da Terra.

Para a área da bacia de Schrödinger, localizada perto do polo sul e no lado mais afastado da Lua, estão previstas duas cargas. Uma é o Farside Seismic Suit, composto por dois sismômetros: Very Broadband e o sensor Short Period. O local poderá ser um destino futuro dos astronautas da Artemis e os instrumentos podem ajudar a compreender as atividades tectónicas do local e com que frequência este lado da Lua é impactado por pequenos meteoritos.

Por fim, como refere o blog da NASA, a segunda carga para esta zona da Lua, LITMS (Lunar Interior Temperature and Materials Suite), é composto por dois instrumentos: uma perfuradora pneumática com capacidade de exploração térmica; e s Sonda magnetotelúrica lunar que serve para investigar o calor e a condutividade elétrica do interior da Lua.