São as últimas imagens na Terra do Euclid, o telescópio espacial que irá explorar o “lado negro” do Universo, com o objetivo de descobrir o grande mistério cósmico da matéria escura e da energia escura.
O lançamento da missão está previsto já para o próximo sábado, 1 de julho, quando forem 16h11 em Portugal Continental, e os últimos dias foram, claro está, de preparativos finais, para garantir que tudo corre pelo melhor.
Por entre a azáfama houve tempo para os últimos registos fotográficos do Euclid em Terra, como o da passada terça-feira, que mostra o telescópio momentos antes de ser encapsulado na carenagem do foguetão Falcon 9, da SpaceX.
“O Euclid tem 4,7 m de altura e 3,7 m de diâmetro, encaixando-se perfeitamente na carenagem do Falcon 9 com altura de 13,1 m e largura de 5,2 m”, explica a ESA.
A carenagem do Falcon 9 manterá o Euclid protegido durante os últimos dias “em terra”, assim como durante o lançamento. Refira-se que foi feito um pedido especial para uma carenagem totalmente nova. à SpceX, uma vez que o telescópio e os seus instrumentos são extremamente sensíveis e devem ser mantidos intactos.
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A Euclid é a primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efetivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atração gravitacional. Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo, que continua por desvendar.
O telescópio vai procurar "fazer luz" sobre o Universo invisível observando durante seis anos milhares de milhões de galáxias. Permitirá obter em 15 dias imagens de uma área "varrida" pelo telescópio espacial Hubble em 30 anos
Portugal é um dos Estados-membros da ESA diretamente envolvidos na missão, com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) a liderar uma das componentes científicas cruciais, a do planeamento do rastreio do céu, e seis empresas - FHP, Altran, GMV, Active Space, Deimos e Edisoft - a fabricarem diversos componentes do telescópio, como proteções térmicas e sistema de testes de controlo em órbita.
No centro de controlo da missão, na Alemanha, vai estar um português a codirigir as operações de voo: Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que trabalha há 19 anos na ESA e que o SAPO TEK já entrevistou.
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