No interior das máquinas que ajudam a comunidade científica a explorar o espaço estão pequenos “cérebros” tecnológicos que desempenham uma importante missão. Os microchips espaciais permitem realizar uma série de funções: desde tarefas mais simples, como descodificar sinais vindos da Terra para controlar satélites, a responsabilidades mais complexas, como permitir o controlo de uma nave espacial.
O departamento de Microeletrónica da ESA mantém desde 2002 um vasto catálogo de designs de chips espaciais para ajudar as indústrias europeias especializadas a construir os componentes essenciais à exploração espacial.
O processo de desenvolvimento e fabricação dos chips espaciais não é propriamente barato ou rápido. A ESA revela que, para poupar tempo e dinheiro, os múltiplos microprocessadores destinados a projetos da agência espacial são colocados numa espécie de “wafer” de silicone por várias fabricantes.
Uma “wafer” de silicone de 20 centímetros é capaz de conter entre 30 a 80 réplicas de diferentes tipos de chips espaciais, cada uma com cerca de 10 milhões de transístores ou interruptores de circuitos. O custo de um conjunto de 25 “wafers” consegue facilmente ultrapassar os 2 milhões de euros.
Os microprocessadores passam por uma fase inicial de testes quando ainda estão na “wafer”. Mais tarde, são separados e colocados em embalagens especiais para serem levados para os testes finais de qualidade. Os chips são depois ligados às placas de circuitos usadas nos equipamentos espaciais como satélites.
O LEON2-FT é, por exemplo, um dos chips mais “famosos” que a ESA desenvolveu e está presente no microssatélite Proba-V, na família de satélites de monitorização da Terra Sentinel e na missão BepiColombo que pretende orbitar Mercúrio em 2025 .
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