A NASA tem a decorrer uma campanha de verão destinada a observar a qualidade do ar e os níveis de poluição com detalhes sem precedentes, misturando duas missões: a TEMPO e a STAQS.

Lançado no início desta primavera, o TEMPO - Tropospheric Emissions: Monitoring of Pollution é o primeiro satélite capaz de medir a qualidade do ar na América do Norte de hora a hora e com uma resolução de alguns quilómetros quadrados. Tem um campo de visão que se estende da Cidade do México ao centro do Canadá e do Oceano Atlântico ao Pacífico.

É o mais novo instrumento de química atmosférica da NASA e está prestes a começar a transmitir dados para uso científico. Paralelamente, a agência espacial norte-americana montou uma missão separada, complementar às futuras medições de satélite previstas para breve, para observações de campo da qualidade do ar.

A campanha do verão de 2023 inclui uma frota de aeronaves, laboratórios sobre rodas, balões meteorológicos e centenas de cientistas que se mobilizaram para observar a qualidade do ar e os níveis de poluição com detalhes sem precedentes.

Sob a denominação STAQS - Synergistic TEMPO Air Quality Science, a missão está a examinar o ar que se respira em grandes cidades como Nova Iorque, Chicago, Los Angeles e Toronto.

O objetivo é mapear os poluentes atmosféricos, desde o solo até a alta troposfera, analisar a sua origem e como mudam de hora a hora e identificar bairros desproporcionalmente expostos à poluição.

A NASA explica tudo num vídeo

Os investigadores pretendem comparar os dados da qualidade do ar que medem a partir dos aviões com o que o TEMPO mede em órbita, o que contribuirá para melhorar as duas formas de observação.

“É a combinação de dados de satélite, aéreos e terrestres que ajudará a responder à pergunta fundamental: o que estamos a respirar?”, afirma Barry Lefer, responsável pelo programa, citado pela NASA. “Podemos mapear desigualdades como nunca antes”, acrescenta.