A missão VV19 partiu do Centro Espacial da Guiana Francesa tendo a bordo um satélite de observação da Terra Pléiades Neo 4 e mais quatro cubesats, três da Agência Espacial Europeia (ESA) e um da startup francesa Unseenlabs.

O Pléiades Neo 4 é o segundo de quatro satélites de alta resolução para observação da Terra que formarão a constelação Pléiades Neo, da Airbus. O primeiro destes satélites tinha sido lançado a 28 de abril último, estando previsto que os dois últimos sigam viagem para serem colocados em órbita ao longo de 2022.

Com 30cm de resolução nativa, geolocalização igualmente apurada e capacidade de visitar o mesmo local duas vezes ao dia, os quatro satélites Pléiades Neo poderão oferecer novas possibilidades, entre elas responder a situações críticas em tempo real, o que será muito útil em situações de desastres naturais.

Esta madrugada seguiram, igualmente, a bordo do foguetão da Arianespace quatro satélites de pequeno porte, Breizh Reconnaissance Orbiter (BRO-4), da Unseen Labs, e Sunstorm, Ledsat e Radcube, da Agência Espacial Europeia.

O satélite BRO-4 faz parte de uma constelação projetada para intercetar sinais de radiofrequência a partir do espaço, e será usado na monitorização de transportes marítimos.

O Sunstorm foi desenvolvido para detetar ejeções de massa coronal, que causam as chamadas tempestades solares e que podem levar à interrupção das comunicações na Terra, enquanto o Radcube irá demonstrar tecnologia de instrumentação miniaturizada para medir o nível de radiação espacial local e o campo magnético na órbita baixa da Terra para monitoração do clima espacial.

Por fim, o LEDSat, um projeto educativo na La Sapienza, Universidade de Roma, Itália, vai investigar Diodos Emissores de Luz como uma forma de identificação e rastreamento de satélites em órbita.

A missão representou o sétimo lançamento de sucesso da Arianespace, o Segundo de 2021 com o veículo Veja. Durou uma hora, 44 minutos e 59 segundos, período de tempo durante o qual o Pléiades Neo 4 foi separado a uma orbita síncrona com o Sol a uma altitude de 625km, enquanto os restantes foram separados a 551km.