Há um objeto em rota de colisão com o lado oculto da Lua e, de acordo com cálculos feitos por especialistas, o impacto acontecerá no próximo dia 4 de março. Depois de se acreditar que poderia ser um destroço de um foguetão Falcon 9 da SpaceX, o astrónomo responsável pela descoberta deu a conhecer que seria afinal um módulo do foguetão chinês Long March 3C. No entanto, a China nega agora que o objeto lhe tenha pertença.
Questionado acerca do tema durante uma recente conferência de imprensa, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que, de acordo com análises realizadas por especialistas do país, o módulo superior do foguetão que transportou a missão lunar chinesa para o Espaço desintegrou-se completamente e de uma forma segura na atmosfera terrestre.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês defende as missões aeroespaciais chinesas estão “em concordância com a lei internacional” e que o país está “comprometido a salvaguardar a sustentabilidade a longo prazo das suas atividades espaciais”.
Já Bill Gray, o astrónomo responsável pela descoberta do objeto, atualizou novamente a informação disponível no seu website com uma nota acerca das mais recentes declarações vindas da China.
O especialista acredita que o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês ter-se-á enganado, confundindo duas missões com nomes semelhantes. Em novembro de 2020, a China lançou a missão Chang’e 5, cujo booster voltou à Terra, reentrando sobre o Oceano Pacífico, uma semana depois do lançamento.
Uma coisa é certa: no que toca ao impacto do módulo à deriva com o lado oculto da Lua, espera-se que aconteça na mesma no próximo dia 4 de março, pelas 12h25 UTC. A forma como o objeto se desloca dificulta uma localização exata, embora seja provável que varie apenas alguns quilómetros.
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