A Boeing e a NASA conseguiram concluir o primeiro teste tripulado da missão Starliner, transportando dois astronautas para a Estação Espacial Internacional, no dia 7 de junho. A empreitada espacial não tem sido fácil e tem havido adiamentos sucessivos nos testes, levando a empresa a atrasar-se em relação à SpaceX na realização de missões comerciais para a agência espacial norte-americana.
Apesar do voo ter corrido bem, esteve longe de perfeito, uma vez que continuaram a ser reportadas anomalias durante a viagem. Os astronautas testaram os comandos manuais da Starliner tendo identificado três fugas de hélio, uma antes da partida e as restantes em órbita.
Veja na galeria imagens da missão tripulada:
Aquela que seria uma visita de uma semana à ISS, já se passou quase mês e meio desde a viagem de ida, sem o regresso de Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams a bordo da Starliner. Os engenheiros estiveram ocupados a investigar a origem das fugas de hélio. Em comunicado, a Boeing disse que os testes do sistema RCS (Reaction Control System) dos propulsores, realizados nas suas instalações no Novo México, estão agora finalizados.
As equipas estão agora a rever os dados, tendo sido possível simular a degradação dos propulsores. A Boeing espera compreender a razão pelo qual alguns dos propulsores revelaram mal funcionamento no voo e o impacto da recuperação dos mesmos para completar o teste tripulado no regresso a casa dos astronautas.
Os propulsores têm sido colocados em testes de resistência, disparando sequências de cerca de 1.000 pulsos para simular as condições próximas do ensaio tripulado. A Boeing diz que foram os testes mais intensos dos sistemas. Foram ainda testados cenários de disparo dos propulsores em manobras de descolagem e de órbita. Os testes geraram vários TBs de dados, mas a equipa continuou a puxar pelo sistema, realizando testes mais agressivos.
Veja na galeria imagens do interior da Starliner:
Agora que as falhas foram identificadas e simuladas, os engenheiros vão desmontar o propulsor para inspeção. A Boeing e a NASA esperam ter resultados nas próximas semanas, enquanto prepara o voo de regresso dos dois astronautas “presos” na ISS. Enquanto isso não acontece, e desde que chegaram, os dois elementos têm suportado a Expedição 71 com investigação espacial e na manutenção da estação.
Recentemente participaram nos scans às veias com o equipamento Ultrasound 2, onde a equipa da Terra monitorizou em tempo real a captura de imagens das veias do pescoço, ombros e pernas. O objetivo é compreender os efeitos da microgravidade no corpo humano.
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