Depois de uma tentativa falhada devido a problemas técnicos, a NASA voltou a adiar o lançamento da missão Artemis I, que estava marcado para para hoje, dia 3 de setembro.
Ainda esta manhã, Charlie Blackwell-Thompson, diretora de lançamento, tinha dado "luz verde" para começar a encher os depósitos do foguetão SLS (Space Launch System) com combustível, mas cerca de uma hora depois, foi encontrada uma fuga de hidrogénio na base. O fluxo foi interrompido enquanto as equipas procuravam uma solução.
Como avança a NASA, as tentativas para remediar o problema falharam, levando ao adiamento do lançamento, com o relógio da contagem decrescente a ficar parado a T-2h28. Os engenheiros da agência espacial continuam a recolher dados acerca do problema para verificar se é possível decidir uma nova data de lançamento.
Recorde-se que, na primeira tentativa, a 29 de agosto, os engenheiros começaram por detetar uma fuga de hidrogénio, que levou à paragem da contagem decrescente. Com a questão resolvida, outro problema foi encontrado, desta vez no terceiro dos motores do SLS.
Uma fuga de combustível impedia que o motor atingisse a temperatura correta para dar início ao processo de ignição. Além disso, foi também detetada uma fissura no material de proteção térmica de um dos componentes do estágio principal do foguetão.
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"Não lançamos [a Artemis I] enquanto não estiver tudo certo", afirmou Bill Nelson, administrador da NASA, depois da confirmação de que não existiam condições para a primeira tentativa de lançamento.
"Não podemos ir, há guidelines a seguir", afirmou, lembrando que este caso ilustra o facto de que "esta é uma máquina e um sistema muito complexo, tudo tem de funcionar". Bill Nelson afirmou ainda que "não queremos acender a vela antes da hora certa" e recordou que já passou por outras experiências semelhantes.
As fugas de combustível prejudicaram o teste de contagem decrescente da NASA em abril, o que provocou uma série de reparações. O teste foi repetido com mais sucesso em junho, mas também foram detetadas algumas fugas.
Os técnicos disseram que não saberiam ao certo se as reparações seriam suficientes até carregarem hoje os tanques do foguetão. A missão Artemis I tem sofrido vários atrasos que levaram a que o orçamento deste teste em órbita lunar custasse 4.100 milhões de dólares (mais de 4.130 milhões de euros, ao câmbio atual).
Recorde-se que a Artemis I é uma missão não tripulada e pretende testar os sistemas tecnológicos do programa. Em vez de astronautas, a cápsula Orion vai transportar três manequins de teste.
O kit oficial de voo tem ainda uma série de elementos, e dois passageiros especiais, escolhidos para acompanhar a missão, os peluches da Ovelha Choné, que é uma mascote da ESA, e do Snoopy de Charles M. Schulz, que vai servir de sinal de orientação para teste de microgravidade.
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Vão ser ainda transportados dez pequenos satélites científicos, que serão lançados no Espaço para estudar os efeitos da radiação, um asteroide ou a superfície gelada da Lua.
Depois da missão Artemis I, a NASA espera em 2024 levar astronautas para a órbita da Lua, na missão Artemis II, em 2024, e para a sua superfície, na Artemis III, no final de 2025, com a primeira mulher e a primeira pessoa de cor a pisarem o satélite natural da Terra.
A partida para as futuras missões lunares será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway. Com o programa Artemis, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028, com o intuito de enviar futuramente astronautas para Marte.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 17h06)
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