O Aeolus foi lançado para o Espaço em agosto de 2018 e, esteve em órbita durante cinco anos, recolhendo dados para ajudar os cientistas a melhorar as previsões meteorológicas. A missão terminou em abril deste ano, com o satélite a preparar-se para uma “morte” ardente, mas controlada. A agência espacial europeia (ESA) deu início ao processo de reentrada assistida esta semana e confirma agora o sucesso da manobra final de reentrada.
De acordo com os seus cálculos, o satélite já terá reentrado na atmosfera terrestre. As equipas estão agora à espera de uma confirmação por parte dos parceiros da ESA quanto à hora e ponto de entrada exato do Aeolus.
A ESA, que está a partilhar todos os detalhes através de um liveblog, explica que hoje, a equipa responsável pela missão executou a última manobra deste processo, de modo a fazer com que o Aeolus descesse até uma altitude de 120 quilómetros. Após o envio do último comando e com os propulsores do Aeolus desligados, a gravidade tratou do resto do trabalho.
À medida que reentra, sistemas terrestres com radares vão continuar a monitorizar o satélite. A ESA avança que o Aeolus foi detetado pelo radar TIRA na Alemanha. Os dados recolhidos pelo radar já foram analisados e mostram que a última manobra realizada pela equipa de operadores foi bem sucedida.
Com esta manobra completa, o satélite avançará depois para a última fase do processo. Nela, o Aeolus reentrará na atmosfera terrestre, com grande parte a arder e desintegrar-se a partir dos 80 quilómetros de altitude.
Embora a equipa da ESA não tenha uma previsão exata de onde os fragmentos do Aeolus vão cair quando chegarem à Terra, os operadores guiaram o satélite da direção do Oceano Atlântico, de modo a que não atinjam zonas de risco.
Durante a madrugada, a equipa esteve ocupada a realizar as manobras da segunda fase do processo de reentrada. Embora tenham sido executadas com sucesso, a ESA conta que houve um “solavanco” no caminho.
Segundo a agência, a certa altura, surgiu a indicação de que havia uma anomalia que poderia pôr em risco toda a missão e que, numa primeira análise, parecia estar relacionada com problemas nos propulsores.
No entanto, a equipa conseguiu resolver o problema a tempo. Note-se que o Aeolus não foi concebido para operações em altitudes tão baixas e a navegação por esta parte da atmosfera é “extremamente desafiante”, afirma a ESA.
O telescópio polaco ROTUZ, operado pela Sybilla Technologies, ainda conseguiu captar o satélite Aeolus à medida que descia, a uma altitude a rondar os 260 quilómetros, partilhando um pequeno vídeo através do Twitter.
Ainda esta semana, e a pensar nos mais curiosos, a ESA lançou um novo vídeo onde mostra como se processaria a reentrada assistida, descrita como uma manobra inédita que tem como objetivo ajudar a mitigar o problema dos detritos espaciais e das reentradas descontroladas.
Veja o vídeo
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 21h37)
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