Depois de uma história feita ao serviço dos profissionais da imagem e dos criativos que todos os dias recorrem a registos aéreos para compor os seus trabalhos, a DJI decidiu "baixar a fasquia" da sua oferta para agradar também aos utilizadores menos intensivos. Na senda da tendência que atualmente domina o mercado, a empresa apresenta o Spark. Um drone pequeno, mais barato, leve, mas poderoso.
Na verdade, o mote que acompanha o lançamento deste modelo é o da simplificação. Desde a descolagem à transferência de conteúdos para smartphones e computadores, passando pelo controlo e pela operação da máquina, a tecnológica evidenciou várias características que fazem deste drone o mais fácil de usar do seu catálogo atual.
De acordo com a DJI, o Spark estará pronto a utilizar em cerca de 20 segundos a partir do momento em que sai da caixa. Ao contrário do Phantom, por exemplo, este não requer montagens nem configurações adicionais. Basta tirar do suporte, ligá-lo e emparelhá-lo com a app.
Não o confunda, no entanto, com um aparelho voador para selfies. Apesar do tamanho, e contrariamente aos equipamentos que integram essa gama, este modelo apresenta várias características que fazem dele um drone mais completo e capaz. E neste âmbito, as tecnologias DJI fazem toda a diferença.
No que às especificações técnicas diz respeito, o Spark integra um sensor infravermelhos, GPS e uma câmara de 12 megapíxeis num gimbal de dois eixos. Tem capacidade para gravar vídeos em 1080p a um máximo de 30 frames por segundo, com estabilização digital de imagem. Na velocidade pode contar que o drone atinja cerca de 50 km/h em modo "sport".
A bateria, no entanto, poderá ser um handicap para potenciais compradores. Como consequência das reduzidas dimensões do equipamento - pouco maior é do que uma lata de refrigerante - o Spark conta com uma capacidade limitada que permite apenas 16 minutos de voo por ciclo. A empresa tenta compensar isto com um mecanismo de carregamento simples (via microUSB), mas para quem tiver apenas uma bateria ao seu dispor, este pormenor pode fazer a diferença.
O Spark mantém também alguns dos sensores do Mavic Pro, que facilitam a sua pilotagem. Mas há, porém, um destaque óbvio a fazer. Com esta máquina, o utilizador vai poder recorrer ao controlo por gestos. Não de forma integral, claro, mas a funcionalidade suporta uma distância máxima de 3 metros face ao piloto. Isto permite que sejam agilizados processos em utilizações mais frequentes, como é o caso das selfies. Neste caso, com o movimento da mão, pode levantar e baixar o drone, ou movimentá-lo para a esquerda e para a direita. Uma vez tirada a fotografia, pode depois voltar a chamar o drone de volta para a sua mão ou "mandá-lo embora", com um aceno.
Na demonstração à imprensa, que decorreu esta quinta-feira em Paris, esta foi talvez a opção menos bem conseguida. Embora tenha sido possível comandar o drone para várias direções, o gesto que ordena o Spark para se afastar, raramente foi identificado pelo seu sistema. Mas como o problema está no software, é muito provável que a marca venha a resolvê-lo num futuro breve.
Ainda no que toca ao software da câmara, sublinham-se os modos que dão vida a este gadget. Nesta versão temos o Active Track (acompanhamento de um alvo em movimento), o Tap Fly (voo direcionado para um ponto indicado), o Pano (fotografia em panorama) e o Shallow Focus (focagem seletiva).
No vídeo pode contar com outros quatro modos: o Dronie, que dá origem a um plano inicial de um alvo, com um afastamento unidirecional posterior ao mesmo; o Rocket Shot, que permite ao drone filmar diretamente para baixo, afastando-se gradualmente do solo, mas sempre na perpendicular; o Circle, que faz com que o drone voe em círculos em torno de um alvo; e o Helix, que dá origem a uma gravação em espiral ascendente, relativamente ao ponto de partida.
Tal como acontece já com outras máquinas da DJI, este drone traz também suporte para o sistema de restrições de navegação. O programa permite que seja comunicado diretamente ao drone as zonas onde não pode sobrevoar, impedindo-o automaticamente de avançar para esses espaços.
Sem um controlo remoto dedicado, o Spark poderá ser pilotado diretamente do seu smartphone, com recurso à app da tecnológica chinesa. Se preferir, claro, poderá adquirir um controlador à parte que permite levar o equipamento a uma distância de até 2 quilómetros face à posição do piloto. Com o telefone, este valor baixa para apenas 100 metros.
O DJI Spark já está à venda na loja online da marca com um preço de 599 euros. Por mais 200 euros, no entanto, poderá adquirir o pacote combinado que integra um drone, arames protetores para os propulsores, um hub de carregamento, um controlador e uma segunda bateria.
O Spark é também o primeiro drone da DJI a ser disponibilizado em várias cores e poderá por isso escolher entre as versões branca, amarela, verde, azul e vermelha.
Do resto da nossa experiência com o Spark ficam as indicações de um drone consistente que é capaz de dar uma boa experiência ao utilizador, como já é apanágio da DJI. Embora pequeno e leve, o Spark mostrou-se estável e responsivo. O reconhecimento de gestos é um ponto negativo, claro, mas poderá ser resolvido a curto prazo.
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