A Zero Latency desafiou o SAPO TEK para a sua nova missão de realidade virtual: Singularity. Esta experiência coloca os jogadores numa nave espacial tomada por uma poderosa máquina com inteligência artificial. A equipa dos seis soldados virtuais deve enfrentar hordas de robots, drones e outras máquinas perigosas que tentam impedir a derradeira missão: derrotar o poderoso boss no final. Esta experiência inspira-se em obras de ficção científica como 2001: Odisseia no Espaço e procura surpreender os jogadores durante a jornada que dura cerca de 15 minutos.
Esta aventura de sobrevivência está prevista para seis jogadores, que devem unir forças para cumprir a missão, mas o jogo adapta-se ao número de participantes, ajustando a dificuldade. Os participantes também competem entre si pela busca da melhor pontuação. Até porque no final serão listados os resultados, e os melhores serão adicionados ao quadro de honra.
Por isso, há que ter os sentidos apurados e disparar para tudo o que mexe e somar, mas atenção que existem condicionantes. Das quatro armas disponíveis, que pode alternar, umas são mais eficientes e poderosas, mas também dão menos pontuação. O jogo premeia o risco e a dificuldade em manipular o arsenal virtual, ao mesmo tempo que facilita a vida de quem está a experienciar pela primeira vez o jogo.
A arma de laser contínuo destrói rapidamente os inimigos, enquanto a espingarda de mira necessita uma pontaria mais certeira, mas destrói inimigos à distância. O arsenal fica completo com uma metralhadora e uma caçadeira, para defrontar o perigo mais próximo. O melhor desta experiência virtual é que os utilizadores têm uma “arma” física nas mãos, a Blackbird, que deve ser apontada para os alvos como fariam na realidade, ainda que no jogo uma mira laser facilite os ataques.
As munições são recarregadas automaticamente quando o cartucho esvazia, mas pode forçar premindo um botão na base, ou no caso da caçadeira, puxar atrás o “pump” (o depósito dos cartuchos). O processo de recarregamento demora quatro segundos, por isso é necessário gerir as munições no calor dos embates, pois ficará vulnerável aos inimigos durante o processo. No caso de ser atacado pode ainda levantar a arma e criar um escudo de energia para se defender.
O que destaca a experiência de realidade virtual da Zero Latency de outras soluções domésticas, tais como o Oculus Rift ou a PlayStation VR é a liberdade de movimentos dos utilizadores no espaço físico das instalações. A área tem 225 metros quadrados, com o jogo a encarregar-se de conduzir os jogadores pelos labirintos da nave. Não existem fios a agarrar os jogadores a uma plataforma, como em casa. Todo o processamento é feito num computador colocado numa mochila, com os headset VR e os auscultadores ligados ao sistema.
Esta liberdade de movimentos, que obriga os jogadores a moverem-se à procura de proteções torna a experiência mais envolvente e autêntica, sobretudo quando estão acompanhados por outros companheiros que comunicam e definem táticas de abordagem. O sistema tem sensores de proximidade, alertando os jogadores quando estão prestes a esbarrar contra outro companheiro ou uma parede, para manter a experiência em segurança.
A realidade virtual tem a capacidade de transportar os utilizadores para outro “mundo”, criando emoções intensas e situações que quase enganam o cérebro. O jogo simulou a vertigem em dois momentos da aventura: Numa delas, os militares tinham de percorrer uma plataforma estreita sobre um “abismo”, levando a ter cuidados adicionais onde se colocava os pés; a outra foi um pequeno “sprint” por uma rampa vertical.
O grafismo criado para esta experiência de realidade virtual consegue absorver os jogadores, dando-lhes um sentido de urgência enquanto se deslocam pelas diferentes alas da nave. Quem está de fora, a observar a “ação” captada pelas câmaras de vigilância do recinto, através dos monitores, apenas vê um grupo de “maluquinhos” com uma arma na mão e uma mochila nas costas a simular disparos para o ar. E é esse o poder da realidade virtual em experiências como o Singularity, conseguir sugar os jogadores para um mundo à parte.
Infelizmente, no final, fica-se com a sensação agridoce entre a boa experiência de realidade virtual, mas que soube a pouco pelos limitados 15 minutos de ação. No total, a partida requer um briefing prévio antes da missão com o “dungeon master”, o colaborador que orienta os jogadores durante a experiência e ensina a manusear o equipamento. Tendo em conta o habitual tempo de adaptação a um jogo, e sobretudo a uma experiência como esta, quando acaba a partida os jogadores ainda estão um pouco "baralhados" com as suas mecânicas.
Uma nota para o facto do sistema de realidade virtual da Zero Latency não permitir a utilização de óculos, pelo que deverá lentes de contacto para participar na experiência.
O módulo de 15 minutos que o SAPO TEK experienciou tem um custo de 6 euros, mas poderá participar numa missão mais longa, de 45 minutos por 19,90 euros. Pode ainda ter uma hora de jogo, caso junte a missão Singularity com o Zombie Survival, pagando 29,95 euros. Segundo nos informou o funcionário, em breve vai chegar uma terceira experiência ao catálogo, que já estreou noutros espaços tais como em Madrid. Embora deva proceder à marcação prévia da experiência, há sempre vagas para equipas incompletas, caso não tenha um grupo de jogadores.
A Zero Latency, que está instalada no Centro Comercial Dolce Vita, disponibiliza ainda aos seus visitantes experiências alternativas. Pode ver filmes em realidade virtual, nos dois “ovos” instalados, com acesso às propostas disponíveis ao estilo de uma jukebox. Ou participar em “corridas” nos simuladores em forma de carros e motas inspirados no universo futurista de Tron, que dão as boas-vindas aos que entram neste “salão arcade” moderno.
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