Depois de inicialmente ter tido lançamento previsto para concorrer com o Pai Natal e o seu trenó a 24 de dezembro, a missão Peregrine Lunar Lander seguiu viagem esta segunda-feira em direção à Lua. O módulo lunar partiu ajudado pelo impulso do foguetão Vulcan Centaur, da United Launch Alliance - igualmente um estreante.
O Peregrine tem agora uma longa lista de marcos a cumprir no caminho até ao seu destino. Os primeiros comandos terão sido executados logo após o lançamento, quando o módulo se separou do foguetão, com a ligação e as comunicações com a Terra. Nesta fase, a telemetria começará a informar a equipa de controlo da missão sobre a posição, orientação e saúde operacional geral da nave espacial.
A United Launch Alliance partilhou imagens do lançamento. Clique para mais detalhes.
Cerca de 40 minutos após a separação do Vulcan, o sistema de propulsão do Peregrine terá sido ativado e começou a receber comandos. Uma das primeiras ordens será apontar os painéis solares para o Sol, para começar a “carregar baterias”.
Se tudo correr conforme planeado, o Peregrine deverá entrar na órbita lunar daqui a 12 dias. A chegada ao satélite natural, mais precisamente a uma região de antigos fluxos de lava conhecida como Sinus Viscositatis, ou Baía da Viscosidade, acontecerá a 23 de fevereiro, com a previsão de que o módulo espacial opere por cerca de 192 horas, ou seja, oito dias.
Com dois metros e meio de largura e cerca de 1,90 metros de altura, o Peregrine foi desenvolvido pela Astrobotic, parceira da NASA, e marca a estreia do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da agência espacial norte-americana.
O programa Commercial Lunar Payload Services está relacionado com a missão tripulada Artemis 2 prevista para o final de 2024, que transportará quatro astronautas, três homens e uma mulher, mais de 50 anos depois da primeira vez que os humanos pisaram a superfície da Lua.
Veja o vídeo explicativo sobre o CLPS
Com capacidade de carga útil para 90 quilogramas, o módulo lunar transporta, entre outras coisas, equipamento científico que a NASA necessitará para estudar as características da exosfera lunar, as propriedades térmicas e a quantidade de hidrogénio presente no regolito lunar.
Juntamente com as cargas úteis da agência espacial dos EUA, há o detetor M-42 do Centro Aeroespacial Alemão, bem como a Dream do Japão, uma cápsula do tempo com mensagens de mais de 80.000 crianças.
Clique nas imagens para mais detalhes sobre a missão
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