Depois de várias semanas marcadas por centenas de tremores de terra, alertas de geólogos e medidas de preparação para um cenário dantesco, o vulcão na península de Reykjanes, na Islândia, entrou em erupção no início desta semana.

De acordo com dados avançados pelo Instituto Meteorológico da Islândia, a erupção, localizada a cerca de 4 quilómetros a nordeste da cidade de Grindavik e a perto de 50 quilómetros a sudoeste da capital da Islândia, começou no dia 18 de dezembro, pelas 22h17 locais.

A erupção abriu uma fissura de 4 quilómetros, com jatos de lava capazes de se projetarem no ar por dezenas de metros de altura. O fenómeno foi captado pelos satélites da Maxar Technologies, que mostram também a cidade de Grindavik, que, ainda em novembro, tinha sido evacuada por precaução no seguimento de múltiplos terramotos.

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Além das imagens da Maxar, o satélite NOAA-20, do Joint Polar Satellite System, que junta a NASA e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, captou o antes e depois da erupção.

Como explica a NASA, as imagens foram possíveis através do instrumento VIIRS (Visible Infrared Imaging Radiometer Suite), que permitiu identificar os pontos onde as temperaturas estão mais elevadas.

Outra visão, partilhada pela NOAA através da rede social X (antigo Twitter) dá também conta da evolução das assinaturas infravermelhas captadas pelos satélites do Joint Polar Satellite System.

Mas os satélites não são os únicos a oferecer perspectivas únicas do fenómeno. Vídeos partilhados no TikTok retratam a erupção pelos “olhos” de drones, sendo possível observar a fúria explosiva da lava ao longo da fissura causada pela erupção.

O vídeo que se segue, captado por um drone DJI Mavic 3 Pro, foi captado nas primeiras horas da erupção, afirma o criador que o publicou na rede social.

Desde que a erupção começou, o Instituto Meteorológico da Islândia registou perto de 320 terramotos ao longo dos canais de magma. O maior, com uma magnitude de 4,1 na escala de Richter, ocorreu esta segunda-feira.

Note-se que a erupção está a perder intensidade e dados mais recentes Instituto Meteorológico da Islândia indicam que, das cinco saídas de lava anteriormente registadas, só três é que estão agora ativas. No entanto, a entidade antecipa que surjam novos fluxos de lava na fissura causada pela erupção.

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