Há 30 anos a Agência Espacial Europeia (ESA) lançava aquela que seria a sua primeira missão de observação da Terra, a European Remote Sensing, com a colocação em órbita do ERS-1.

O satélite integrava uma carga útil abrangente, incluindo um radar de abertura sintética para criação de imagens, um radioaltímetro e outros instrumentos poderosos para medir a temperatura da superfície do oceano e ventos no mar. Quatro anos depois, em 1995, era lançado o ERS-2, com um sensor adicional para análise do ozono na atmosfera

São os preparativos, o lançamento e a chegada das primeiras imagens que a ESA mostra num vídeo que pretende assinalar os 30 anos do lançamento do ERS-1.

Na altura do lançamento, os dois satélites ERS eram aquilo que de mais sofisticado a Europa tinha desenvolvido como instrumentos espaciais de observação da Terra. Juntos contribuíram para a recolha de uma grande quantidade de dados valiosos sobre a superfície terrestre, oceanos e calotas polares ao mesmo tempo que foram usados para monitorizar desastres naturais, como inundações severas ou terremotos em partes remotas do mundo.

A ESA explica que foram projetados como gêmeos idênticos, com ambos a integrarem dois radares especializados e um sensor de imagens infravermelho, mas com a diferença de o ERS-2 incluir a tal ferramenta extra para monitorização dos níveis de ozono na atmosfera.

Pouco depois do lançamento do ERS-2 em 1995, a Agência Espacial Europeia decidiu ligar os dois satélites na primeira missão “tandem” que durou nove meses. Durante esse tempo, o aumento da frequência e do volume de dados disponibilizado aos cientistas ofereceu uma oportunidade única de observar as mudanças num espaço de tempo muito curto, já que ambos os satélites orbitavam a Terra com apenas 24 horas de intervalo.

Em março de 2000, uma falha no computador e ao nível do controlo do giroscópio levou ao encerramento das operações do ERS-1, que acabou por exceder acentuadamente o tempo útil de vida estimado. Em julho de 2011 foi a vez do ERS-2 ser desativado.