A Universidade de Maine anunciou que a maior impressora 3D de polímeros do mundo está a funcionar. Segundo a escola, o novo equipamento bate o anterior recorde mundial do Guinness, detido por uma impressora da mesma universidade. A antecessora foi considerada a maior impressora 3D de polímeros em 2019, tendo sido destronada agora pelo novo equipamento que é quatro vezes maior.
A “Fábrica do Futuro 1.0 (FoF 1.0)” pode imprimir objetos com 29 metros de comprimento - aproximadamente o comprimento das maiores baleias-azuis. Na prática, poderá conseguir imprimir uma casa, tendo capacidade para imprimir até 227 kg de material por hora.
Para construir partes de casas, ainda em fevereiro, foi noticiado que os biomateriais sustentáveis podem ser impressos no futuro em 3D utilizados como componentes de construção de casas.
Também já é conhecido um braço robótico, desenvolvido pela Icon, que funciona como uma impressora 3D e consegue construir casas com vários andares.
Em Portugal, a Litehaus anunciou a utilização de uma impressora 3D para construir aquela que será a primeira casa portuguesa "impressa", a instalar em Torres Vedras.
A Universidade do Maine espera que a impressora possa ser utilizada para fabricar habitações a preços acessíveis, bem como pontes, barcos e turbinas eólicas.
As impressoras 3D utilizam tipicamente plástico, mas a universidade quer recorrer a materiais mais sustentáveis, dando prioridade aos polímeros reciclados. Dada a proximidade de grandes florestas, a universidade espera utilizar madeira residual das serrações como material para alimentar a impressora.
O processo de impressão 3D poupa tempo e resíduos ao utilizar apenas os materiais necessários, mas continua a ter impacto ambiental. No entanto, este tipo de fabrico, por ser concebido em primeiro lugar num computador, permite planear a impressão para ser mais rápida e, deste modo conseguir uma maior eficiência energética.
A impressora foi parcialmente financiada pelo exército dos EUA utilizando "sensores, computação de alto desempenho e inteligência artificial", disse Habib Dagher, diretor do Centro de Estruturas Avançadas e Compósitos da universidade.
Veja o vídeo de apresentação do modelo anterior de impressão 3D
A antecessora da FoF 1.0 construiu um protótipo de um bungalow utilizando materiais como madeira, mas com a nova fábrica do futuro a Universidade espera ajudar a resolver o problema da falta de habitação no Maine.
A universidade afirma ainda que as duas impressoras também podem trabalhar em conjunto no fabrico do mesmo objeto.
O novo dispositivo pode imprimir soluções de segurança nacional, habitação a preços acessíveis, pontes, tecnologias de energia oceânica e eólica e até embarcações marítimas.
Há muito que se espera que a impressão 3D venha a transformar o fabrico, tanto em grande como em pequena escala. Atualmente, a impressão 3D está a ser utilizada na indústria transformadora e já existem registos práticos de uso para diminuir os custos e o tempo necessários para se obter o produto final. De casas a pontes, da comida a foguetões espaciais.
De facto, empresas como a Vital 3D estão a trabalhar para utilizar a impressão 3D na substituição de órgãos humanos, sem a necessidade de esperar por dadores compatíveis.
Todo o cuidado é, no entanto, pouco, pois a impressão 3D também pode ser utilizada para o mal, por exemplo para o fabrico de armas, como alertou a PSP e a Europol, em 2021.
Segundo com a BBC, em 2023, no que se pensou ser o primeiro caso do género no Reino Unido, dois homens foram presos por fabricar sub-metralhadoras utilizando uma impressora 3D. Também no ano passado, um homem de Birmingham foi condenado a cinco anos de prisão por fabricar espingardas de assalto impressas em 3D.
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