O problema das alterações climáticas está na ordem do dia e, definitivamente, não veio cedo. Nos últimos 10 anos os avisos feitos outrora pelos cientistas em redor do aquecimento global tornaram-se realidade e a instabilidade tomou conta do Planeta Azul.
Em Terra, há alturas em que essas mudanças se sentem “na pele”, difíceis de ignorar, com as temperaturas a atingirem máximos pouco habituais, ou mesmo recorde, ou os grandes incêndios que daí advêm, como os que assolam neste momento a Austrália. Mas nada como o retrato geral proporcionado pelos “sentinelas” do Espaço.
Lá do alto a visão dos satélites da NASA e da ESA é alargada e, comparando registos de diferentes anos, as diferenças são inegáveis.
É isso que se pode ver numa série de imagens divulgadas recentemente do Alasca, Gronelândia e Antártica. Usando dados de satélites, desde 1972 até à data, o glaciologista Mark Fahnestock, produziu time-lapses de seis segundos de todos os glaciares do Alasca. A série de imagens ilustra mudanças dramáticas.
"Quando vemos estes vídeos percebemos como esses sistemas são dinâmicos e quão instável é o fluxo de gelo", refere citado pela NASA. Os vídeos ilustram claramente o que está a acontecer aos glaciares do Alasca com o aquecimento global, acrescenta o investigador, e mostram como diferentes glaciares podem responder de forma distinta.
Alguns mostram surtos que param por alguns anos, lagos a tomarem forma onde antes havia gelo ou até mesmo os detritos de deslizamentos de terra a caminho do mar. Outros glaciares mostram padrões que fornecem, aos cientistas, dicas sobre o que impulsiona essas mudanças.
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