Não é um carro qualquer. É um Porsche Panamera. E não é um smartphone qualquer. É o Mate 10 Pro com processador de inteligência artificial e capacidade de “ver” a estrada e distinguir o ambiente, tomando decisões consoante o que vê. Mas mesmo assim é impressionante e um bocadinho assustador andar no lugar de “pendura” sem haver ninguém ao volante.
A experiência RoadReader, montada pela Huawei no parque de estacionamento de Camp Nou, o estádio do Barcelona, é curta, mas eficiente. Aproveitando o MWC18, a marca criou um ambiente controlado mas que pode mostrar um caminho para a utilização da inteligência artificial. Ainda que seja um caminho longo a percorrer.
Peter Gauden explicou claramente o sistema: o Huawei Mate 10 Pro é utilizado aqui mais como “cérebro” que interpreta as imagens captadas por uma câmara colocada no topo do carro e ligada via USB. E são as opções que se colocam na app que definem o que fazer quando se encontra um dos três obstáculos: um ciclista, um cão ou uma boa (gigantona).
Pode detrás disso está a preparação de um Porsche Panamera para a experiência por James Brighton, um engenheiro com mais de 20 anos de experiência ma mecanização de veículos que já fez uma série de “magias” do género. Foi a sua equipa que montou o sistema que permite ao Huawei Mate 10 Pro controlar o acelerador e o travão, mas também o volante, deste Panamera de mudanças automáticas (e volante à esquerda à moda inglesa).
Foi ele que acompanhou o SAPO TEK na experiência e garantiu a “segurança” dentro do carro, explicando processos e acionando o carro. A aplicação foi desenvolvida pela Kerve.
Numa primeira viagem, mais devagar, o carro com o Mate 10 Pro reconhece os obstáculos. Depois volta ao ponto inicial e
E para que serve esta experiência? Peter Gauden deixou bem claro que a Huawei não está a entrar na guerra dos carros autónomos, pelo menos para já, e que esta experiência é diferente do que algumas marcas estão a fazer nos carros autónomos, nomeadamente a Tesla e a Google. Não há informação que é ligada à cloud, tudo é processado dentro do carro, com o Kirin 970.
Questionado pelo SAPO TEK Peter Gauden admite que o ecossistema de desenvolvimento de apps que tiram partido da inteligência artificial do Kirin 970 não está a apresentar ideias e aplicações como era esperado, mas mantém a ideia de que em 18 meses haverá certamente novidades.
Veja o vídeo que a Huawei preparou a explicar todo o projeto do RoadReader.
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