A britânica Vertical Aerospace completou com sucesso a primeira fase de testes do seu táxi aéreo VX4. O modelo, ainda sem data definida para chegar ao mercado, já soma 1.500 pré-encomendas no valor de 6 mil milhões de dólares, segundo informações divulgadas pela empresa quando apresentou o protótipo mais recente.
Nesta fase, a aeronave de descolagem e aterragem vertical (eVTOL) tinha de cumprir vários testes de voo para validar a segurança da aeronave em cenários de utilização real. De referir que os testes realizados foram de voo com piloto, que continuará a existir na versão comercial do VX4.
A empresa vai agora avançar para a segunda fase dos testes, centrada nas operações de descolagem e aterragem e em manobras de baixa altitude para verificar a segurança de diferentes elementos, como as hélices, e com estes passos cumpridos poder iniciar o processo de certificação do equipamento.
Na lista de clientes à espera de uma versão comercial do VX4 estão empresas como a Virgin, a Japan Airlines ou a American Airlines.
A Vertical Aerospace foi fundada em 2016 e desde essa altura tem vindo a desenvolver o seu eVTOL elétrico, que terá capacidade para quatro passageiros e piloto. O volume de investimento necessário para levar o projeto a bom porto tem sido o maior desafio. Recentemente houve até notícias sobre a empresa sobre esse tema e as dificuldades que a empresa começa a ter para assegurar mais capital até fazer chegar o VX4 ao mercado.
Nos testes agora realizados foram recolhidos mais de 35 mil dados de voo e parâmetros de sistema para confirmar que a aeronave está pronta para voar em ambiente real. Na segunda fase de testes será feito o mesmo, a outros níveis.
O modelo usado nos testes é o segundo prototípico em escala real construído pela marca (é branco, o primeiro era cinzento escuro). Foi apresentado em julho e marca a evolução da aeronave para a utilização de propulsores em fibra de carbono e um sistema de baterias proprietário.
Noutras componentes, a Vertical tem uma extensa rede de parceiros que contribuem com tecnologia e material para diferentes áreas. A utilização de fibra de carbono permitiu diminuir o nível de ruído do aparelho, explicou a empresa.
A Vertical está também a trabalhar na produção de um segundo protótipo desta versão 2 para acelerar os testes que tem de fazer antes de certificar a aeronave.
Esta segunda versão do protótipo foi melhorada para aumentar também a velocidade de voo, que pode agora chegar aos 240 km em modo cruzeiro.
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