A NASA continua empenhada nos preparativos para a missão de regresso à Lua em 2024, 52 anos depois da última missão Apollo. As cápsulas Orion vão desempenhar um papel importante no programa Artemis e a agência espacial norte-americana está a pô-las à prova numa nova série de testes de “mergulho” que decorre desde 23 março.

No mais recente teste, realizado no Centro de Investigação Langley, no estado norte-americano da Virgínia, a NASA largou uma réplica da cápsula Orion que participará na missão Artemis II em 2023 numa piscina com mais de 6 metros de profundidade.

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O conjunto de testes, que envolve largar as réplicas para água a diferentes velocidades e ângulos, tem como objetivo ajudar os engenheiros da NASA a perceber como é que as cápsulas conseguirão sobreviver às condições específicas da missão Artemis II, como a reentrada na atmosfera terrestre e o seu mergulho no Oceano Pacífico.

Veja o "mergulho" da cápsula Orion

Durante a transmissão do teste, Jacob Putnam, analista de dados da NASA, explicou que a réplica estava coberta de múltiplos sensores, que darão aos engenheiros todas as informações necessárias para refinar a estrutura da cápsula que será usada na missão. Em linha com as espectativas da agência, a réplica da Orion sobreviveu ao “mergulho”, mantendo-se à tona depois do impacto.

Recorde-se que, em setembro do ano passado, a NASA atualizou os seus planos do programa Artemis. Ao todo, entre 2021 e 2024, serão lançadas ao espaço três naves Artemis, acompanhadas por cápsulas Orion. O primeiro voo não-tripulado está previsto para novembro de 2021 e envolve o lançamento do novo foguetão SLS (Space Launch System).

Em março, o foguetão passou no teste de “Hot Fire”, conseguindo manter-se ligado e a funcionar durante mais de oito minutos (499,6 segundos), como pode ver no vídeo.

Em 2023 segue-se o lançamento da missão Artemis II, desta vez, com uma cápsula Orion tripulada que voará em redor da Lua sem pousar. A NASA prevê que a equipa de astronautas, que inclui a primeira mulher a pisar a Lua, cheguem ao satélite natural da Terra um ano depois, em 2024, com a missão Artemis III, e permaneçam lá cerca de uma semana.