
No início de abril a Nintendo abriu finalmente o novo capítulo da sua história com a apresentação dos detalhes da consola Switch 2. Em antecipação ao seu lançamento marcado para o dia 5 de junho, o SAPO TEK teve um primeiro contacto com a consola e experimentou alguns títulos.
Já se sabem alguns detalhes, tais como o preço da consola e de alguns jogos, assim como as suas principais funcionalidades. Mas ficaram algumas perguntas pertinentes por responder, algumas foram surgindo nos dias que se seguiram ao grande evento, outras, infelizmente ficaram por responder, como é o caso do hardware no interior da consola.
Veja na galeria imagens da Switch 2:
Mas há outras dúvidas importantes que ficaram no ar e nesse sentido, o SAPO TEK reuniu um conjunto de perguntas e respostas que incluem dúvidas como o valor a pagar pela atualização de um jogo da primeira consola para a Switch. As dúvidas em torno dos jogos digitais, os empréstimos familiares ou mesmo a possibilidade ou não de os vender. E qual a autonomia da consola? São algumas das questões que procuramos responder neste explicador.
Quanto custa a consola e os primeiros jogos exclusivos da Nintendo?
A Nintendo deixou de fora o preço da consola e dos jogos durante o Direct, informação que foi depois avançada pelos retalhistas e até na loja online da fabricante. A Switch 2 terá um preço de 469,99 euros (pela versão base), subindo para 509,99 euros se optar pelo bundle com o novo jogo Mario Kart World. A campanha de pré-compra da consola já começou. A Worten está a fazer uma campanha de retomas da primeira Switch com descontos até 140 euros.
Quanto aos jogos, Mario Kart World tem um preço de 79,99 euros se optar pela versão digital, mas caso queira uma caixa física paga 89,99 euros. Sabe-se que Donkey Kong Bananza vai custar 69,99 euros (digital) e 79,99 euros (físico). Estes preços podem ser um indicador importante sobre o aumento expressivo na nova consola quando comparado com os cerca de 60 euros da primeira versão.
O que são os Cartões de Jogo Virtuais?
Os Cartões de Jogo Virtuais (Virtual Game Cards) pretendem ser uma inovação da Nintendo na sua estratégia de distribuição digital dos jogos. Estes servem para facilitar a partilha dos jogos digitais entre consolas, ou melhor, uma partilha temporária. Isto quer dizer que pode “emprestar” um jogo digital a um familiar durante 14 dias. Findo o período o jogo “regressa” automaticamente à consola original, caso não seja devolvido mais cedo.

Para fazer este empréstimo terá de ter as duas consolas Switch ligadas à mesma rede Wi-Fi e à internet durante o primeiro envio. Antes disso, terá de criar aquilo que a fabricante chama de Grupo Familiar de contas Nintendo com um máximo de oito participantes. Um jogo que sai de uma consola para a outra deixa de funcionar na primeira até que seja devolvido. Pode passar jogos da Switch OLED para a Lite, por exemplo, ou eventualmente para a Switch 2.
A Nintendo pretende assim adicionar alguma da flexibilidade dos jogos físicos aplicada à biblioteca de títulos digitais. Isso faz com que a biblioteca de jogos troque as habituais imagens de destaque para um formato de cartão que podem ser ejetados de uma consola e carregados em outra. A fabricante diz que o sistema poderá não funcional com algumas demos e títulos que sejam exclusivos para membros Nintendo Switch Online.

É também esclarecido que não vai perder dados de progresso do jogo quando o empresta (saves), pois estes ficam guardados na consola original. Pode retomar o progresso dos jogos sem problemas.
Vai ser possível emprestar ou vender jogos digitais?
A Nintendo criou o Game-key Card, ou seja, a possibilidade de comprar um jogo em caixa, numa loja da especialidade. A diferença é que o cartão no interior está vazio, uma espécie de place-holder que uma vez inserido na consola ativa o download automático desse jogo. Esta é uma forma inteligente de cruzar o físico com o digital, evitando a frustração de muitos jogos da Switch que tinham parte do jogo no cartão, mas que precisam de uma atualização online para jogar.
Apenas precisa de ter uma ligação à internet para fazer o download do jogo e corrê-lo a primeira vez, depois pode jogar em offline, desde que mantenha o respetivo cartão inserido.

Isto significa que o jogo está associado a esse cartão e não à conta onde fez o respetivo download. E dessa forma, pode emprestar o cartão ou mesmo vendê-lo a outra pessoa. Segundo a Nintendo, estes cartões permitem às editoras vender versões físicas dos jogos no retalho que possam exceder o limite dos 64 GB da capacidade dos cartões oficiais dos jogos da Switch 2. No entanto, os jogadores continuam a requerer uma ligação online para o download e a manter o cartão na consola para que este corra.
Quanto vai pagar por uma atualização de um jogo da Switch para as novas funcionalidades da Switch 2?
Durante o evento de experimentação da Switch 2 estavam presentes jogos como Mario Marty Jamboree e The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom atualizados para a nova consola, as versões Switch 2 Edition. A Nintendo já tinha referido que essas atualizações eram pagas, sem apontar preços. Em entrevista ao IGN, Bill Trinen, da Nintendo of America, quem comprou os jogos Zelda na primeira consola pagam 9,99 dólares pela atualização.
Esta atualização está também refletida no serviço Nintendo Switch Online + Expansion Pack, em que os assinantes não pagam pela atualização. Estes podem ser considerados preços de referência, não se sabendo se os jogos de outras editoras vão aplicar o mesmo preço ou ofertas gratuitas da atualização.
Veja o vídeo da Switch 2:
Todos os jogos da Switch vão ser retrocompatíveis com a nova consola?
Apesar do tema da retrocompatibilidade ter sido uma das bandeiras da apresentação da Switch 2, existem alguns níveis de compatibilidade entre a primeira e segunda geração da consola. A maioria dos jogos físicos e digitais terão compatibilidade geral. Existem algumas exceções com o Nintendo Labo Toy-Com: VR Kit que não funcionam devido a diferentes de hardware. Há ainda os jogos que correm mais podem apresentar problemas parciais, por exigir periféricos específicos. É referido que a Nintendo continua a trabalhar com as editoras para melhorar a experiência no máximo de jogos possíveis.
Quais são os primeiros periféricos da Switch 2?
O primeiro periférico oficial da Switch 2 é o comando Pro Controller Switch 2, bastante similar ao primeiro, mas com algumas melhorias de design e mais funcionalidades. Tem o botão C semelhante ao JoyCon, adiciona um microfone para comunicações e ainda oferece dois gatilhos personalizáveis na sua traseira. Também pode adquirir o comando GameCube compatível com os novos jogos deste catálogo disponíveis no serviços online da Nintendo.

Pode ainda aceder à câmara USB-C de alta-definição (1080p) para poder utilizar no GameChat ou em jogos como Mario Party Jamboree Switch 2 Edition.
Qual é a capacidade de armazenamento da Switch 2?
A Nintendo atualizou o SSD da Switch 2 com 256 GB de armazenamento, um aumento significativo dos 32 GB oferecidos na primeira versão. O sistema promete ser mais rápido, acelerando o carregamento dos jogos. Caso precise de mais espaço, vão estar disponíveis cartões de memória MicroSD, semelhantes à primeira Switch, embora estes tenham agora de ser Express, um pouco mais dispendiosos, mas bem mais rápidos.
Qual a autonomia prevista para a consola?
A Nintendo não revelou a capacidade da bateria da Switch 2, mas disse que teria uma média de autonomia da primeira consola, entre as duas horas e as seis horas e meia, dependendo do tipo de jogo utilizado. Jogos como o Cyberpunk 2077 deverá drenar a energia da bateria rapidamente, enquanto que jogos menos exigentes vão gastar menos.
Como vai a Nintendo evitar os problemas de “drift” dos analógicos dos comandos Joy-Con?
Um dos problemas que mais afetou os Joy-Cons de primeira geração foi o chamado “drift”, em que no seu estado de repouso mantinham as personagens a deslocar-se para um dos lados, sendo desconfortável durante as partidas.

A Nintendo diz que desenhou de raiz a tecnologia interna dos novos JoyCons, mas confirmou que não vai utilizar um mecanismo conhecido como Hall Effect, que utiliza sensores magnéticos para medir a posição dos analógicos, em alternativa aos componentes mecânicos tradicionais. Esta tinha sido a solução das versões revistas do comando para evitar o “drift”.
Ainda não se sabe o comportamento a longo termo dos analógicos, mas a Nintendo terá aprendido com a primeira geração na construção dos novos mecanismos.
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