Quem utiliza dispositivos móveis da Apple vai começar a poder encontrar nas aplicações que descarrega ou já utiliza, uma nova indicação relativamente à forma como cada app tira partido dos seus dados pessoais.
As aplicações passam a estar classificadas em três categorias, que pretendem explicar que dados recolhem do utilizador e para que fins. São elas: "dados utilizados para o rastrear", "dados ligados a si", e "dados não ligados a si".
A primeira identifica os dados recolhidos que vão ser ligados a outros, de diferentes origens, para fins de personalização de publicidade. "Dados ligados ao utilizador" refere-se a quaisquer dados que possam ser utilizados para identificar um utilizador, mesmo que não sejam ativamente transmitidos para direcionar anúncios - por exemplo, dados recolhidos quando se cria uma conta ou perfil numa aplicação. "Dados não ligados ao utilizador" são dados que a Apple diz não poderem ser ligados à identidade de um utilizador, tais como a geolocalização ou o histórico do navegador.
Esta nova etiqueta passa a poder ser incluída nas apps graças a uma atualização do iOS 14, disponibilizada pela fabricante esta segunda-feira. Antes disso, a empresa tinha concedido um prazo, até 8 de dezembro, aos programadores para receber toda a informação necessária para classificar cada app, explica a Business Insider.
A empresa não vai obrigar os programadores que desenvolvem para iOS a fornecer a informação necessária para poder colocar estas etiquetas, mas também não permitirá que as apps que não o fizerem sejam atualizadas para versões mais recentes do sistema operativo móvel.
A dona do iPhone tem planos para mais medidas que contribuam para reforçar os direitos de privacidade dos seus utilizadores. No próximo ano pretende passar a dar aos utilizadores o direito de escolherem se querem ou não ser rastreados para ter publicidade direcionada.
A medida já devia estar implementada, mas programadores como o Facebook opuseram-se devido ao impacto que terá nas suas receitas de publicidade, relata a BI. O troca de acusações entre as suas empresas é antiga e também já cobre a nova política de etiquetas da Apple, que um responsável do WhatsApp já veio dizer que é anti-concorrencial, porque as apps da própria Apple, como vêm pré-instaladas, não estão sujeitas ao mesmo escrutínio. A empresa reagiu publicando na página de suporte o mesmo tipo de informação (para as três categorias) que passou a disponibilizar sobre as apps na loja.
Os dados publicados pela Apple sobre a app do Facebook neste novo sistema de etiquetas também não terão sido apreciados pela empresa de Mark Zuckerberg.
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