A apresentação do novo smartphone da Xiaomi pode ter um gosto especial para a fabricante chinesa. Os mais recentes dados de análise do mercado dão conta de que a Xiaomi poderá ter alcançado a liderança das empresas que mais vendem smartphones a nível global no último trimestre. Já ultrapassou a Apple e a liderança da Samsung poderá mesmo ser contestada pela empresa fundada em 2010. Lei Jun, o CEO da Xiaomi confirmou no evento que a empresa entrou para o Top 500 da Fortune, listada em 338º lugar entre as empresas mais poderosas.
O próprio líder da empresa não poderia deixar passar a oportunidade para partilhar o facto de que a Xiaomi é agora a líder mundial, com 25,3% da quota do mercado no segundo trimestre do ano, à frente da Samsung que tem 24% e a Apple que fecha o pódio com 19,2%, baseando-se nos dados da Strategy Analytics. A consultora diz que empresa chinesa cresceu 67,1% face ao ano passado. Mas a fabricante também partilhou os números da Canalys, que ainda mantêm a Samsung à frente do mercado com 19% e a Xiaomi em segundo com 17%, alinhado com os dados previamente divulgados. A empresa foi, muito provavelmente, a que mais beneficiou com o afundanço da sua conterrânea Huawei, assim como a saída da LG do mercado de smartphones.
É neste ambiente “vencedor” que a Xiaomi apresentou oficialmente o Mi Mix 4, infelizmente numa conferência direcionada ao mercado chinês, para um lançamento do equipamento na China. Antes disso, o líder da empresa fez uma retrospetiva da família Mi Mix, mostrando a evolução de design e tecnológica do smartphone.
A primeira revelação do Mi Mix 4 foi a confirmação da câmara debaixo do ecrã, que a tecnológica batizou de CUP (Camera Under Panel). O sensor está escondido debaixo do vidro, na área central no topo do equipamento. O ecrã tem 400 PPI e abrange 100% do ecrã. Confirma-se ainda que debaixo do painel está escondida uma câmara selfie de 20 MP. Confirma-se ainda que o ecrã é um AMOLED de 6,7 polegadas, com suporte de imagem HDR10+ a 10 bits, Dolby Vision, e um contraste de 5.000.000:1.
Veja na galeria imagens do Mi Mix 4:
O ecrã será protegido pela tecnologia Gorilla Glass Victus da Corning e as colunas do equipamento será da Harman Kardon. Para já foi revelado o modelo em branco cerâmico. Para além da câmara principal de 108 MP, com estabilizador ótico (OIS), o conjunto é composto por uma lente de 8MP com capacidade de zoom de 50X e uma ultra panorâmica de 13 MP, com campo de visão de 120º.
Importante a confirmação de que o smartphone será alimentado pelo processador Snapdragon 888+ da Qualcomm, composto por um Cortex X1, e terá uma bateria de 4.500 mAh. Confirma-se ainda o carregamento a 120 W, que por fios pode demorar 10 minutos a carregar 80% da bateria. O smartphone apresenta ainda a capacidade de carregamento sem fios a 50 W.
Quanto a preços, a Xiaomi revelou que o Mi Mix 4 chega ao mercado a partir de 4.999 yuan (658 euros) na sua versão de 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. a versão de topo, composto por 12/256 GB custa 6.299 yuan (830 euros).
O novo Mi Pad 5
A Xiaomi confirmou ainda o novo tablet Mi Pad 5, um equipamento com um ecrã LCD de 11 polegadas e uma resolução de 2,5K (2560x1600) e 500 nits de brilho. O tablet chega em versões standard e Pro, ambos com uma bateria de 8.600 mAh. Promete um som cristalino através da tecnologia Dolby Atmos. O ecrã tem suporte a Dolby Vision, palete de cores True Tone e HDR10, com uma taxa de refrescamento de 120 Hz. tem ainda uma câmara de 13 MP, com suporte a Face ID.
O equipamento tem uma pen e uma capa protetora em forma de teclado, podendo transformá-lo num pequeno portátil. A pen é magnética e por isso pode mantê-la presa na moldura do tablet.
Veja na galeria imagens do Mi Pad 5:
Quando a preços, a versão mais acessível de 6 GB de RAM e 128 de armazenamento interno chega ao mercado por 1.999 yuen (263 euros) e a versão mais cara, com 8/256 GB e suporte 5G, vai custar 3.499 yeun (460 euros). Ambas as versões, standard e Pro, estão disponíveis em diferentes cores.
A Xiaomi apresentou ainda o seu novo sistema operativo MiUI 11.5, que tal como outras fabricantes garante uma melhor conetividade entre os diversos equipamentos da marca. Por exemplo, replicar o ecrã do smartphone no tablet, mantendo-se a flutuar sem bloquear outras funcionalidades do equipamento. Ou seja, poderá estar a ver um filme enquanto mexe no smartphone de forma virtual.
A nova coluna inteligente da marca, a Xiaomi Sound promete igualmente uma melhor conetividade com outros equipamentos, e até pode ligar 8 colunas espalhadas pela casa, funcionando de forma emparelhada. Cada coluna custa 499 yuan (65 euros) em cores preto e branco. Ainda nos equipamentos IoT, a Xiaomi tem uma nova televisão OLED V21 de 77 polegadas, com ecrã com 1000 nits e a 120 Hz, tornando-a ideal para quem joga videojogos nas consolas de nova geração.
Em antevisão
Em antecipação à sua revelação oficial já se sabia alguns detalhes do novo Mi Mix 4. Através de um teasing feito na sua página da rede social Weibo, a empresa revelou um poster a agendar o evento para hoje, às 12h30 (hora de Lisboa). Se perceber chinês pode acompanhar no seu website oficial.
No campo das especulações, e baseado na TENAA, o órgão regulador chinês, foram submetidos documentos que dizem respeito a versões do equipamento com 8 e 12 GB de RAM e até 256 GB de armazenamento interno. Também a Xiaomi já tinha revelado que o novo smartphone iria basear-se na configuração MIUI 12.5, baseado no sistema operativo Android.
Veja na galeria como poderá ser o novo Mi Mix 4:
O processador mais poderoso do mercado é o Snapdragon 888 da Qualcomm, que tem ganho destaque nos últimos meses por ser o utilizado pelos smartphones mais poderosos, inclusive o equipamento de gaming da Xiaomi, o Black Shark 4 Pro. Foi ainda avançado que o smartphone vai beneficiar da nova tecnologia de carregamento rápido da fabricante chinesa, suportando cargas a 120 W e uma bateria de 4.500 mAh (há quem refira 5.000 mAh). Espera-se ainda que suporte carregamento wireless a velocidades entre os 70 e 80 W.
Fala-se ainda da sua câmara fotográfica frontal, que deverá estar escondida debaixo do seu ecrã. Aliás, três vídeos de teasing do novo smartphone divulgados dão mesmo a ideia de que o ecrã não vai ter o habitual orifício para a câmara, com animações deste a desaparecer, libertando o ecrã. Esta tem sido uma tendência dos equipamentos topo de gama mais recentes, como o Samsung Galaxy Z Fold 3, que vai ser revelado oficialmente amanhã, dia 11 de agosto. Esta tendência promete eliminar notchs, punch holes e molduras exageradas, permitindo um ganho de área útil do ecrã. No entanto, as fabricantes têm vindo a demonstrar alguma dificuldade em manter coerência na qualidade de imagem em toda a área do ecrã. Ou seja, perto da zona do sensor fotográfico perde-se densidade de pixéis, o que já motivou os engenheiros da Oppo a desenvolverem tecnologia de ponta para ultrapassar essa questão.
O seu ecrã poderá ser um AMOLED de 6,67 polegadas, com resolução FHD+ e uma taxa de atualização de 120 Hz, escondendo a câmara frontal de 20 MP. Algumas imagens partilhadas, que indicam ser fieis ao design do equipamento, revelam que o Mi Mix 4 poderá ter um pequeno ecrã na traseira. Este poderá servir igualmente como "espelho" para filmar ou captar selfies, ajudando os utilizadores a manterem o enquadramento.
Outros rumores apontam para um smartphone com uma câmara principal com grande capacidade, de 108 MP, suportada por três lentes, incluindo um sensor periscópio.
Além do smartphone, a Xiaomi deverá ainda apresentar o novo tablet, o Mi Pad 5, que já foi visto num póster do anúncio.
Nota de redação: Notícia atualizada com mais informações. Última atualização 14h48.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Missão Ariel da ESA quer explorar 1.000 exoplanetas e Portugal ajuda com engenharia e ciência -
App do dia
Wayther: uma nova app de previsões meteorológicas detalhadas para otimizar viagens -
Site do dia
Tetr.io é uma versão competitiva de Tetris e os adversários não dão tréguas -
How to TEK
Farto de reagir no WhatsApp com emojis? Crie os seus próprios stickers
Comentários