Em finais de outubro a Microsoft lançou no mercado a segunda geração do dos seus smartphones dobráveis, o Surface Duo 2, mas a gigante tecnológica terá planos para um equipamento de três ecrãs. Segundo uma patente tornada pública antes do Natal, mas submetida a 23 de junho de 2020, o novo equipamento assemelha-se ao atual Duo 2, mas tem um ecrã adicional.
Este conceito é muito semelhante ao equipamento que foi hoje igualmente “revelado” da Samsung, o Galaxy Tri-Fold, e que poderá ser uma das tendências do próximo ano. Aliás, os smartphones com ecrãs dobráveis estão mesmo para ficar, depois das propostas da Huawei com o seu P50 Pocket, a Honor com o Magic V e a Motorola que vai lançar um novo Razr.
O documento da patente mostra esboços do equipamento com três ecrãs, ligados por dois sistemas de dobradiças. Na sua descrição, é salientado que o segundo ecrã adicional terá a mesma configuração do primeiro. Ambos ligados ao principal através das dobradiças. Na prática, o seu design parece muito semelhante ao Surface Duo, mas como uma dobradiça e ecrã adicional. Este pode funcionar fechado, como um smartphone tradicional, mas abrir-se como um tablet ao ligar todas as áreas de ecrã.
Veja na galeria os esboços da patente do Surface de três ecrãs:
Esta evolução poderá ser a resposta da Microsoft às críticas relativas à ausência de um verdadeiro ecrã externo para utilizar o equipamento quando este está fechado. Ou seja, na primeira versão era possível abrir para fora o equipamento e ficar com dois ecrãs expostos, num formato de convencional de smartphone. No entanto, a tendência e utilização mais provável foi manter o equipamento fechado, com os dois ecrãs protegidos no seu interior.
Na segunda geração, o recente Surface Duo 2, a Microsoft manteve a ausência de um ecrã externo, mas adicionou a Glance Bar, a barra iluminada que permite ver notificações, números de chamadas e outros dados. Com o terceiro elemento dobrável, a Microsoft poderá finalmente adicionar o tal ecrã externo que os utilizadores tanto têm pedido, transformando o equipamento num smartphone tradicional numa das suas configurações.
Parece também haver alguma “ginástica” de engenharia no que diz respeito às dobradiças, uma vez que estas parecem ser unilaterais e não bilaterais como os modelos atuais. Isso quer dizer que, uma vez que não é necessário fazer uma dobragem reversa, deixa de haver falhas entre os ecrãs, dando assim continuidade da área entre os ecrãs.
Para além de um maior dinamismo das configurações dos ecrãs para uma área maior, a Microsoft pode aproveitar um dos ecrãs para o uso de um teclado virtual, por exemplo. No entanto, é preciso notar que se trata de uma patente, não significando que este dê origem a um produto final.
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