A tecnologia pode ser útil para a aprendizagem, no entanto, como mostra um novo relatório da UNESCO, o uso de smartphones também pode causar disrupções nas salas de aula, com os equipamentos a serem uma fonte de distrações para os alunos, da pré-primária ao ensino superior.
Segundo um dos estudos citados pelo relatório, a presença de um telemóvel, com notificações ativadas, é suficiente para fazer com que os estudantes se desconcentrem nas atividades que estão a realizar. Já outro estudo detalha que demora, pelo menos, 20 minutos até que os alunos se voltem a concentrar depois de uma distração.
De acordo com o relatório da UNESCO, as medidas para retirar os smartphones das salas de aulas podem ajudar a melhorar a forma como os estudantes aprendem, resultando em melhores notas. Tal é o caso na Bélgica, Espanha e Reino Unido, indica um dos estudos citados, em particular para os alunos cuja prestação estava abaixo da média.
Vários países estão a implementar medidas de proibição de smartphones nas salas de aula. Há também países, como o Bangladesh e Singapura, que proibem o uso de smartphones na sala de aula, mas não na escola em si. Na França, os smartphones são apenas utilizados como ferramenta de aprendizagem ou de apoio a crianças com deficiência.
Para lá dos smartphones, o relatório aponta também para o crescimento das preocupações quanto à privacidade dos jovens. Dados avançados pela UNESCO indicam que apenas 16% dos países têm leis que garantem a privacidade dos dados na Educação.
Alguns países já baniram a utilização de determinadas aplicações nas escolas. Por exemplo, tanto a Dinamarca como a França proibiram o Google Workspace. Já alguns estados na Alemanha baniram a utilização de alguns produtos da Microsoft e, nos Estados Unidos, o TikTok foi proibido em certas escolas e universidades.
As preocupações com os riscos que os telemóveis acarretam para o processo de aprendizagem também são sentidas em Portugal. Esta esta semana foi anunciado que os Agrupamentos de Escolas de Almeirim vão proibir o uso de telemóveis nas escolas do 1.º ciclo no próximo ano letivo. No 2º e no 3º ciclo a recomendação aprovada é a de que os alunos não levem telemóvel para a escola, no entanto, sem proibição explícita.
A petição “Viver o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!”, que em junho contava com mais de 11 mil assinaturas, defende que a utilização dos equipamentos nos recreios "está a alterar os padrões de socialização das crianças e a sua integração de forma saudável". O grupo que a lançou propõe que as escolas estejam equipadas com caixas, cacifos ou armários próprio onde os telemóveis possam ser guardados quando os jovens chegam à escola e recolhidos no final do período letivo.
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