Não é novidade, mas os preços que a Apple anunciou hoje durante o seu Apple Special Event, em dólares, sofrem um "acrescento" simpático no mercado português, sobretudo se considerarmos a taxa de câmbio.
O iPhone Xr, apresentado como o mais "baratinho" da nova gama com um preço a partir de 749 dólares vai custar em Portugal mais de 879 euros.
A versão de 5,8 polegadas do iPhone Xs começa não nos 999 euros mas nos 1.179 euros, enquanto a versão Max, com ecrã de 6,5 polegadas e bateria mais potente é anunciado com um valor "desde 1.279 euros".
E os valores não estão todos detalhados, podendo subir bastante mais para as versões mais "recheadas" em termos de capacidade de armazenamento.
A tradição ainda é o que era...
As taxas a aplicar na Europa são normalmente apontadas como as grandes responsáveis pela subida de preços face aos anúncios em mercado norte americano. E esta "inflação de preços" tem sido registada em todas as versões dos iPhone, mas tem agravado ao longo dos últimos anos.
Mesmo no mercado norte americano, onde estas taxas europeias não se aplicam, os preços do iPhone estão num valor médio acima dos 700 dólares. O lançamento do iPhone X, em setembro de 2017, com o preço a começar nos 999 dólares fez subir o valor médio de venda dos telefones da Apple.
O desequilíbrio é ainda maior quando olhamos para os mercados a nível global, e a diferença de preços e de rendimento que faz com que em Lagos uma pessoa tenha de trabalhar mais de 133 dias para comprar um iPhone X.
É certo que a Apple não está sozinha nesta escalada de preços dos flagships das marcas, e que grande parte dos lançamentos de topos de gama estão acima dos 800 euros. E não se antecipa uma inversão de tendência, embora marcas como a Asus e a Motorola apontem para valores mais "em conta" e outras, como a Alcatel, tenham decidido manter-se numa gama média baixa.
Agora que se conhecem os preços dos novos modelos da Apple pode já começar a fazer as contas para saber quantos dias teria de trabalhar para poder comprar o iPhone Xs ou o Xr...
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