Um novo estudo sobre cibersegurança em Portugal revela que ainda existe um grande desconhecimento no que toca ao tipo de ataques de que os utilizadores podem ser vítimas através dos seus smartphones. Ao todo, 56% dos utilizadores não protegem os seus equipamentos com uma solução de segurança.
De acordo com dados da Statista, estima-se que o número de utilizadores de smartphones ultrapasse os três mil milhões a nível mundial: um número que continuará a crescer gradualmente ao longo dos próximos anos.
O nível crescente de utilização de smartphones leva também ao aumento da vulnerabilidade dos dados armazenados nos equipamentos, assim como da informação que circula nos mesmos quando se estabelece uma ligação à Internet.
Segundo o estudo realizado pela Coleman Parkes, 44% dos utilizadores portugueses estão cientes de que os fornecedores podem disponibilizar-lhes uma solução de segurança para os seus smartphones.
Do universo que utilizadores que protegem os seus dispositivos, 38% têm uma aplicação de segurança instalada no seu equipamento e 29% recorrem a uma solução pré-instalada pelo fornecedor de serviços telefónicos.
Um em cada cinco utilizadores compra um serviço de cibersegurança a uma empresa especializada. Já 59% dos utilizadores portugueses mudariam para um fornecedor de serviços que oferecesse uma solução de segurança de rede.
Entre as ameaças mobile mais frequentes em Portugal destacam-se as aplicações maliciosas. Instalar aplicações, em particular de lojas não-oficiais, pode resultar numa série de riscos, incluindo fugas de dados. Através de apps maliciosas, os cibercriminosos conseguem infetar os dispositivos com diferentes tipos de malware, de keyloggers a trojans de acesso remoto, conseguindo lançar ataques sofisticados.
No que toca a aplicações, outro dos perigos reside no facto de os utilizadores aceitarem, muitas vezes sem lerem, as condições de utilização e permitirem que as apps tenham acesso à informação armazenada no dispositivo.
As vulnerabilidades em componentes ou no próprio sistema operativo representam um grave risco para a segurança dos dados. Os equipamentos com configurações de segurança mais “fracas” também são potenciais objetivos dos cibercriminosos, uma vez que lhes permitem aceder a toda a informação armazenada e pôr em risco a segurança dos dados.
O estudo detalha que os esquemas de phishing mantêm-se como uma das ameaças com maior taxa de sucesso. Aliás, 90% de todos os ciberataques começam com uma campanha de phishing e os cibercriminosos conseguem explorar as inúmeras aplicações de mensagens disponíveis nos dispositivos móveis para tentar conduzir um utilizador até uma página web falsa.
Todos os dias, são trocados milhões de mensagens que contêm informação sensível, pelo que os cibercriminosos aproveitam para lançar ataques Man-in-the-Middle. A tática permite intervir no tráfego de dados entre um equipamento e um servidor. Por exemplo, um ataque Man-in-the-Middle a um serviço bancário on-line permitiria ao atacante modificar os dados de uma transferência bancária.
Analisar as comunicações que os smartphones recebem e emitem é uma forma de prevenir uma grande quantidade de ataques baseados na rede. A maioria das variantes de malware mobile precisam de estabelecer uma ligação a um servidor C&C para terem êxito.
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