Na semana passada o WhatsApp mudou as suas políticas de utilização, avisando os seus utilizadores que a partir de 8 de fevereiro passaria a partilhar alguns dados pessoais com o Facebook, incluindo número de telefone e localizações. Uma medida que enfureceu muitos cibernautas que utilizam a aplicação de conversação na partilha de dados encriptados.
Apesar da polémica, o WhatsApp clarificou depois que estas mudanças tinham apenas efeito fora da União Europeia e Reino Unido, além de que as mensagens privadas não seriam partilhadas, como refere na sua página de apoio.
Como efeito imediato, muitos utilizadores procuraram alternativas ao WhatsApp, e as apps Signal e Telegram dispararam no número de downloads. Apesar do Telegram ter ganho 9 milhões de downloads (mais 91%), quem beneficiou da procura foi a Signal, que apesar de menos acessos, 7,5 milhões de novos utilizadores, isso representou um crescimento de 4.200% face à semana anterior, segundo dados da Sensor Tower. A Signal, em particular, beneficiou da publicidade gratuita de algumas figuras públicas, tais como Elon Musk e Edward Snowden.
O maior crescimento das aplicações foi na Índia, com a Signal a ser instalada por 2,3 milhões de novos utilizadores, num crescimento de 30%; e 1,5 milhões de downloads do Telegram, representando um aumento de 16%. Nos Estados Unidos, o Signal teve 1 milhão de novos downloads, sendo o segundo país com mais acessos à app.
Nos Estados Unidos, durante as manifestações e protestos devido ao assassinato de George Floyd às mãos da polícia, a aplicação teve um pico de 121.000 downloads. A razão pela escolha do Signal é a garantia de que apenas o remetente e o destinatário conseguem aceder às mensagens, sem o perigo da polícia ter acesso às mesmas.
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