Diversas cidades dos Estados Unidos estão a ser palco de manifestações e protestos devido ao assassinato de George Floyd às mãos da polícia. De forma a melhor se organizaram, os manifestantes têm utilizado diferentes aplicações para os smartphones. As aplicações de “police scanners”, por exemplo, dispararam, tendo sido instaladas mais de 213.000 vezes entre os dias 29 e 31 de maio.
Agora o serviço de monitorização Apptopia registou outro pico de instalações, desta vez para a aplicação Signal. Trata-se de uma app de conversação com a particularidade de ser encriptada, o que permite proteger as mensagens dos manifestantes. Esta app é gratuita e assente em open source, produzida por uma organização sem fins lucrativos.
Segundo a Apptopia, a app estabeleceu recordes de downloads, tendo sido acedida 121.000 vezes desde 25 de maio, sem sinais de abrandamento. Antes dos acontecimentos trágicos, a aplicação tinha apenas 37.000 downloads, refere o Mashable.
A razão pela escolha do Signal é a garantia de que apenas o remetente e o destinatário conseguem aceder às mensagens, sem o perigo da polícia ter acesso às mesmas. Prova disso foi um caso, datado de 2016, quando a empresa que gere a app foi intimada pelas autoridades de Virgínia para fornecer dados de dois utilizadores. Mas as únicas informações que a app Signal conseguiu fornecer foram a data e hora que um utilizador se registou e a última vez que o mesmo se ligou ao serviço. Isto significa que a app não guarda os dados dos utilizadores.
Outra funcionalidade que parece estar a convencer os manifestantes, é que o histórico das mensagens vai desaparecendo, como se “escrevesse num bloco de gelo”. Mesmo que a polícia prenda um manifestante e o obrigue a desbloquear através de impressões digitais ou reconhecimento facial, apenas as mais recentes mensagens estão disponíveis.
O caso do assassinato de George Floyd às mãos da polícia não está a deixar o mundo indiferente e são várias as empresas tecnológicas e CEOs que estão a expressar o seu apoio pelos manifestantes que lutam contra a injustiça, a discriminação racial e a resposta da polícia e de Donald Trump, que partiu para as redes sociais, ameaçando repressões violentas.
No calor dos protestos, a Signal acaba de anunciar a funcionalidade Blur, no editor de imagem para ajudar a salvaguardar a privacidade das pessoas nas fotografias que são partilhadas durante as manifestações, explica no seu blog. Qualquer elemento na fotografia que deseje tornar anónimo basta traçar uma linha para a ofuscar.
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