Partilhar material de pedofilia de “extrema violência” em conversas no WhatsApp, anexando stickers e outras animações às imagens de abusos sexuais a crianças, resultou na detenção de 33 pessoas em 11 países diferentes, mais de metade deles em Espanha, e 14 menores. O anúncio foi feito esta terça-feira pela Polícia Nacional espanhola, que liderou esta mega investigação de combate à pornografia infantil, com a colaboração da Interpol, Europol e forças policiais internacionais.
De acordo com o comunicado divulgado na página oficial da polícia espanhola, a investigação "Chemosh" durou 26 meses e em Espanha resultou na detenção de 17 pessoas, num crime que envolveu menores e adultos. A operação arrancou na sequência de denúncias enviadas à própria polícia por uma pessoa anónima, que relatou a existência de um grupo de conversa no WhatsApp formado por menores de idade onde conversas com conteúdos pornográficos eram algo frequente.
Com uma média de idades de 22 anos, a maior parte dos detidos tinha os telemóveis em nome dos pais, pelo que estes também foram investigados. A criança mais nova detida tem 15 anos, numa investigação que contou também com a ajuda de forças policiais da Costa Rica, Equador, França, Guatemala, Índia, Itália, Paquistão, Peru, Reino Unido e Síria.
Em algumas das conversas de WhatsApp estavam também envolvidos pedófilos estrangeiros adultos que trocavam material, o que dificultou as investigações
Segundo a Polícia Nacional espanhola, a operação Chemosh começou inicialmente para travar a pornografia infantil em chats de língua espanhola, mas também para impedir que jovens espanhóis entrassem em contacto com material pedófilo ou com pessoas perigosas que pudessem gerar material próprio.
Entre os detidos, além dos espanhóis, estavam quatro cidadãos do Equador, dois da Costa Rica, dois do Uruguai e dois do Peru, um indiano, um italiano, um francês, um paquistanês, um britânico e um sírio.
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