A popularidade das aplicações de encontros tem vindo a crescer e, com a pandemia de COVID-19, o número de utilizadores das plataformas registou registou um crescimento significativo.
Dados da Apptopia dão a conhecer que, em 2020, o Top 20 de aplicações de encontros ganhou 1,5 milhões de utilizadores ativos diários. Já de acordo com a Statista, o número de utilizadores em todo o mundo ronda os 234.1 milhões e espera-se que em 2024 alcance os 276.9 milhões. Em Portugal, as apps de encontros são tendência, em particular o Tinder que, por mês, regista os 200 milhões de “swipes”.
Apesar da sua crescente popularidade, as aplicações de encontros não estão a salvo das ameaças que permeiam o mundo online. Assim, a Check Point Software alerta para alguns dos riscos inerentes para ajudar os utilizadores a não caírem nas “armadilhas” dos cibercriminosos.
A empresa de cibersegurança explica que um dos grandes riscos para os utilizadores que partilham fotos pessoais é a possibilidade das imagens serem utilizadas para chantagem, em troca de ganhos financeiros. Além disso, ao fazer o registo numa app, é revelada uma significativa quantidade de informações pessoais, que pode também ser usada pelos cibercriminosos para fins maliciosos.
De acordo com a Check Point, uma das táticas mais eficientes utilizadas por cibercriminosos usam passa por criar um perfil atrativo. À medida que vão fazendo “matches”, enviam um ficheiro que pode conter malware de vários tipos, incluindo spyware capaz de obter as palavras-passe do utilizador.
É também comum que os cibercriminosos criem perfis falsos com imagens e descrições que chamar a atenção de possíveis vítimas. Ao iniciar uma conversa com um utilizador, o atacante faz de tudo para conquistar gradualmente a sua confiança, ao longo de dias, semanas ou meses.
Depois de iniciar uma relação de longa distância, o atacante deixa a promessa de um encontro em breve, pedindo à vítima que envie dinheiro para que possa viajar para se encontrarem ou porque surgiu um suposto problema grave.
A falsificação de identidade afirma-se como outro dos riscos das aplicações de encontros, existindo mesmo casos em que alguém que não as utiliza pode ser uma vítima.
Qualquer indivíduo com dados, documentos ou ficheiros de outra pessoa é capaz de imitar uma identidade. Com essa informação, os cibercriminosos são capazes de criar perfis onde fingem ser alguém que não são. A Check Point detalha que, em muitos dos casos, este tipo de fraude acontece com o objetivo de extorquir dinheiro às vítimas.
O roubo de contas também está na “ordem do dia” e, através da Dark Web, os cibercriminosos conseguem comprar a um preço elevado perfis de aplicações anteriormente hackeadas.
O que fazer para se manter protegido?
Tal como explica Rui Duro, Country Manager da Check Point Software em Portugal, é necessário ter em mente que as aplicações de encontros “não passam despercebidas para os cibercriminosos, que procuram tirar proveito das plataformas e veem nas mesmas uma forma de roubar informação confidencial”. “A melhor forma de garantir segurança é proceder com cautela e adotar os passos possíveis para evitar ser vítima de um ciberataque”, enfatiza o responsável.
Os especialistas indicam que, para se manter protegido, nunca deve fornecer informações confidenciais a terceiros, pois qualquer utilizador que solicite informações confidenciais pode ser um cibercriminoso.
Não deverá também descarregar imagens ou ficheiros para os seus dispositivos, pois podem estar a esconder algum tipo de malware que pode pôr em perigo todos os documentos e ficheiros do seu telemóvel ou computador.
“Não confiar à partida, usar o bom senso e não se precipitar” é uma premissa que parece básica, mas que é fundamental. Se algo lhe parecer estranho ou não parece muito real, é melhor suspeitar e não correr riscos desnecessários.
A Check Point sublinha também que uma das melhores medidas que pode tomar é prestar atenção aos detalhes e ter cuidado com perfis recém-criados e perfis com imagens que se pareçam com um anúncio, assim como com os utilizadores que demonstram demasiado interesse ou que lhe pedem demasiada informação.
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