A evolução da população na Terra tem sido acelerada, e há apenas duzentos anos a contagem não ultrapassava os mil milhões, chegando já em 2021 a 7,7 mil milhões, com as previsões da ONU a apontarem para um total de 9,7 mil milhões de pessoas em 2050. Os números mostram também que as áreas urbana já acolhem 55% da população mundial e que o número cresce para 68% até 2050.
A preocupação com o crescimento da população, mas também com a urbanização rápida, combinada com a falta de planeamento e os desafios das mudanças climáticas, pode levar a um aumento da poluição do ar, maior vulnerabilidade a desastres, assim como questões relacionadas com a gestão de recursos como água, matérias-primas e energia.
O projeto World Settlement Footprint pretende ajudar a melhorar a compreensão sobre esta expansão, envolvendo a a ESA e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), em colaboração com a equipa do Google Earth Engine numa iniciativa que mostra a "pegada" humana na Terra.
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Os dados conjugam informação dos satélites Copernicus Sentinel-1 e Sentinel-2 e Landsat, sendo estas últimas recolhidas entre 1985 e 2015 e ilustrando o crescimento mundial dos assentamentos humanos ano a ano, com a utilização de sete milhões de imagens do satélite norte-americano.
Os investigadores prepararam também imagens animadas que mostram a evolução ao longo dos anos em algumas áreas. Esta é de Las Vegas, nos Estados Unidos.
O objetivo é que as ferramentas desenvolvidas para o World Settlement Footprint possam ser usadas pelas autoridades dos vários países, mas também pela sociedade civil e as organizações internacionais para a implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e a agenda de desenvolvimento sustentável 2030.
A informação e imagens podem ser acedidas através do site World Settlement Footprint.
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