Oito tecnologias com aplicações nas áreas da saúde, mar, indústria, energia e media são esta tarde apresentadas no Campus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a partir das 16h20. A sessão pública de apresentação de resultados dos projetos desenvolvidos decorre depois de um financiamento superior a 12 milhões de euros do programa Norte 2020.
O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) conta com três projetos integrados de investigação e desenvolvimento, CORAL, NANOSTIMA e TEC4Growth. Todos eles apostam na investigação científica multidisciplinar, de forma a explorar várias áreas do conhecimento e gerar tecnologias transversais de largo espectro.
A moda é uma das áreas trabalhadas no projeto TEC4GROWTH. A tecnologia chama-se Fashion.Finder e foi desenvolvida por Paula Viana. Em comunicado, a investigadora do INESC TEC explica que foram desenvolvidas ferramentas com recurso a técnicas de inteligência artificial, visão por computador e crowdsourcing “que permitem identificar elementos e acessórios de moda em conteúdos audiovisuais, como fotografias e vídeos de campanhas fotográficas de moda e desfiles”. Esta tecnologia pode também ser adaptada a áreas como o fotojornalismo, notícias ou eventos.
No âmbito do projeto NANOSTIMA, o INESC TEC desenvolveu o Intelligent Lab on Fiber (iLoF), que pretende desenvolver um método capaz de tornar uma fibra ótica num biossensor, recorrendo a técnicas de processamento de sinal e de inteligência artificial. Pretende-se explorar parâmetros-chave provenientes da interação de células e estruturas subcelulares com a luz de um laser e, através desses padrões, obter informações de diagnóstico e prognóstico.
Com uma patente registada e pendente, “o iLoF pode contribuir futuramente para o desenvolvimento do conceito de medicina personalizada, particularmente na área do cancro e das doenças neurodegenerativas”. A garantia é de João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Engenharia Biomédica do INESC TEC.
Outra tecnologia na área da saúde que vai ser apresentada hoje foi desenvolvida em colaboração com a Fundação Champalimaud e já conta com um pedido de patente submetido. O objetivo é ajudar os radiologistas na deteção e caracterização dos vasos perfurantes epigástricos inferiores, relevantes no planeamento de cirurgias de reconstrução mamária. O investigador do INESC TEC Ricardo Araújo garante que os resultados alcançados mostram que é possível “automatizar grande parte de um processo bastante moroso para a equipa de radiologia, sem comprometer a precisão dos relatórios produzidos”.
O encerramento oficial dos projetos integrados está agendado para as 16h00.
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