Este ano há mais vagas, com as instituições de Ensino Superior de Lisboa, Porto e Aveiro a disponibilizarem mais lugares A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior já está a decorrer e nos primeiros dias foram apresentadas 17.404 candidaturas para as 52.242 vagas disponíveis entre universidades e politécnicos.

A maior parte das candidaturas foram apresentadas logo no primeiro dia, a 6 de agosto, com um total de 11.551 inscrições no concurso, registando-se no sábado 3.356 candidatos e no domingo, dia 9, 2.505 registos na plataforma. A tendência é semelhante à registada em anos anteriores, com o maior número de alunos a apresentar candidatura logo no primeiro dia, mas seguindo-se um crescimento de candidaturas entregues nos dias seguintes.

Em 2020 foram apresentadas 62.675 candidaturas até ao prazo limite da primeira fase, que foi ligeiramente mais longo do que este ano. Ao todo as candidaturas estiveram abertas 17 dias, entre os dias 7 e 23 de agosto de 2020, mas este ano são só 15 dias, entre 6 e 20 de agosto de 2021.

Depois de no ano passado se ter registado o maior número de candidatos ao Ensino Superior desde 1996, este ano o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior diz que foi feito um reforço excecional do número de vagas iniciais.

A informação está disponível no site da da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) na Internet, onde se podem encontrar dados sobre as vagas em cada universidade e curso, assim como as condições de acesso ao concurso.

No total estão disponíveis 52.242 vagas, um número que sobe para 52.963 se forem consideradas 721 vagas destinadas a concursos locais. O número representa uma subida de 2% face aos lugares que foram abertos no ano passado.

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Nos cursos com média de entrada superior a 18 valores há 3.761 vagas, todas em ensino universitário, mas estão referidas também 540 vagas de cursos que no ano passado tiveram média abaixo de 10 valores para o último aluno colocado.

Contas feitas, há 31 cursos com média acima de 18 valores e na lista estão também 13 onde se pode entrar com menos de dez valores de média final.

Mais vagas em áreas de competências digitais

As áreas relacionadas com competências digitais têm em 2021 um reforço, com mais 3% de vagas em cursos desta área, o que soma um total de 8.642 vagas. Mas há também mais 2% de vagas em regiões com menor pressão demográfica, fora das grande cidades.

O Ministério indica ainda que foi reforçado o número de vagas em cursos com maior concentração dos melhores alunos. São mais 385 lugares, o que representa um crescimento de cerca de 14% face a 2020, mas a Medicina não entra para estas contas. O ministério lembra que nos cursos de Medicina, que continuam a estar no topo dos que têm notas de acesso mais elevadas, e que o total de vagas cresceu de 1.517 em 2019 para 1.529 em 2021.

Na regiões de menor procura e menor pressão demográfica é o IP de Coimbra que mais cresce em número de vagas, com mais 16% do que no ano passado e um total de 243 vagas.

Em Lisboa e no Porto foram criadas mais 455 vagas, para um total de 21.463 lugares para os candidatos ao Ensino Superior.  Só a Universidade do Porto ganha mais 86 vagas e a Universidade Nova de Lisboa mais 40.

Depois de dois anos com cortes por determinação do Governo para corrigir desequilíbrios territoriais, as instituições das duas cidades puderam disponibilizar novamente mais lugares. Em termos absolutos, é na Universidade do Porto e na Universidade Nova de Lisboa que se registou o maior crescimento, como já tinha acontecido, aliás, no ano anterior.

Segundo a lista de vagas, o Porto vai abrir, no total, 4.406 vagas, ganhando 233 novos lugares, a maioria dos quais na Faculdade de Engenharia, que vai poder receber no próximo ano mais 185 alunos, em comparação com o ano anterior, quando já tinha aumentado em 110 o número de lugares disponíveis.

O maior reforço vai ser no curso de Engenharia Informática e Computação, que pode adicionar 100 vagas à lista por ser um curso com elevada procura por parte de alunos de excelência.

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Esse foi precisamente um dos critérios para as instituições das duas maiores áreas metropolitanas do país poderem aumentar o número de vagas onde se registasse índice de excelência dos candidatos igual ou superior a 100, isto é, o número de candidatos em primeira opção com média acima de 17 valores em relação às vagas fixadas.

Essa regra permitiu a abertura de um adicional de 385 vagas e foi também daí que beneficiou, em parte, a Universidade Nova de Lisboa, em que 59 das 213 novas vagas são no curso de Gestão (passou de 231 para 290 vagas), além dos dois novos cursos em Engenharia Química e Biológica (67 vagas) e em Ciência de Dados (40 vagas).

O alargamento da oferta colocou igualmente a Universidade de Aveiro no ‘top 3’ das instituições com maior aumento, disponibilizando para o próximo ano mais 207 lugares em relação ao anterior, sendo a esmagadora maioria (198) para os três cursos que a universidade vai estrear.

Do lado oposto, o Instituto Politécnico de Tomar é o único que perde vagas no próximo concurso, disponibilizando menos 10 lugares, enquanto outros cinco politécnicos e as escolas superiores de Enfermagem, Náutica, e Hotelaria e Turismo mantêm o mesmo número.

Os alunos que terminaram o ensino secundário podem candidatar-se à primeira fase do concurso nacional de acesso entre 6 a 20 de agosto, sendo a candidatura apresentada através da plataforma online, no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Os candidatos podem usar a autenticação com o Cartão de Cidadão ou Chave Móvel Digital para as candidaturas na primeira fase.  Nos cursos de música, teatro, cinema e dança as candidaturas são realizadas diretamente nas instituições de ensino superior.

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