A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através da sua Unidade Computação Científica Nacional (FCCN) e com o apoio do Programa INCoDe.2030, revela que os resultados preliminares da primeira edição do Concurso de Projetos de Computação Avançada superaram as expetativas.
Ao todo, a primeira fase recebeu 133 candidaturas de diferentes áreas científicas e instituições. Recorde-se este se trata do primeiro concurso para disponibilização de recursos computacionais com cerca de 27 milhões de core.horas em plataformas nacionais inseridas na Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA).
Em comunicado, a FCT explica que a plataforma mais solicitada pelos concorrentes foi o BOB, o supercomputador operado pelo Minho Advanced Computing Center (MAAC), com 58 candidaturas. Seguem-se o Cirrus-A e Stratus, operados pela Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída (INCD), com 30 pedidos.
O Navigator, do Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra (LCA-UC) registou 21 candidaturas e o Oblivion, do High Performance Computing da Universidade de Évora (HPC-EU), obteve 20.
No que toca aos domínios científicos com mais candidaturas, o “pódio” é liderado pela categoria Ciências Exatas e Engenheria, com um total de 96. Já Ciências da Vida e da Saúde e Ciências Naturais e do Ambiente somaram ambas 17. Por fim, foram apenas registadas 3 candidaturas para a área de Ciências Sociais e Humanidades.
A vasta maioria das candidaturas, 71%, enquadra-se na tipologia de acesso A1 - Acesso Preparatório. A tipologia é recomendada a todos os projetos científicos e de inovação sem experiência prévia em Computação Avançada (HPC) ou Computação de Alto Desempenho (HTC) ou sem histórico de utilização nos recursos computacionais da RNCA.
A A2 – Acesso Projeto, destinado à utilização de recursos HPC, HTC ou Cloud Computing para projetos com uma dimensão superior a 50.000 core. horas ou vCPU.horas até a um limite máximo de 3.000.000 core. horas ou vCPU.horas, que corresponde a 29% das candidaturas.
De acordo com o Prof. Nuno Feixa Rodrigues, Coordenador-Geral do INCoDe.2030., a Computação Avançada costuma ser “uma área menos explorada em Portugal e que muitas vezes carece de jovens especializados e interessados”. Porém, o papel do programa na FCT “é o de mudar essa mentalidade, sobretudo quando já é tão relevante a nível global e garante-lhes algumas das competências que fazem a diferença no mundo de hoje”, afirma o responsável.
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