Nos últimos 10 anos o mercado dos smartphones mudou muito, e a Samsung também, e é curioso verificar a evolução do design e das características dos Galaxy na última década. Mas também o número de vezes em que a marca conseguiu levantar o dedo e dizer “primeiros”, num mundo onde a concorrência é cada vez mais acesa, com novas empresas e tendências que mudam muito rapidamente.
Os novos Samsung Galaxy S10 são fruto dessa pressão para inovar e para ultrapassar a concorrência, ou acompanhar tendências, e isso nota-se bem a nível das características e também da forma como a marca estruturou a oferta, agora com três modelos onde se inclui uma versão mais pequena e barata, para um público que normalmente era “servido” pelos smartphones da gama A.
O Unpacked da Samsung marcado para hoje, 20 de fevereiro, em São Francisco, atraiu atenções e não faltaram muitos leaks que desvendaram quase tudo, mas a empresa levou também a Londres um grupo de jornalistas e bloggers que puderam experimentar os novos modelos, numas primeiras impressões que permitem ir além das experiências breves com os smartphones nas zonas de hands on. O modelo 5G captou a nossa atenção, apesar de não temos conseguido fazer mais do que experimentar a câmara, mas faltou mostrar a maior revolução, o Samsung Fold que só foi revelado em palco no Unpacked, e que acompanhámos à distância.
Três Galaxy S10 (com uma versão mais barata) e mais um 5G
No SAPO TEK tivemos oportunidade de testar todas as versões dos Galaxy lançadas pela Samsung nos últimos 10 anos e o S10 é claramente o melhor smartphone que a marca já lançou. O que é de esperar. Mas não traz nenhuma grande inovação que se torne tão evidente e surpreendente como seria de desejável, até porque todos já olham para os smartphones dobráveis como a nova tendência.
A nova família de Galaxy S10 não deixa, ainda a sim, de ser impressionante. O design segue na linha que a fabricante já mantinha e que transmite qualidade e robustez, e onde o ecrã AMOLED se destaca, agora com melhor qualidade de imagem e visibilidade em ambientes de grande luminosidade. O tamanho varia entre as 5,8 polegadas do S10e, as 6,1 do S10 e as 6,4 do S10 +, estes últimos com o display edge de bermas curvas e a opção sem notch, com o display Infinity-O e os "buraquinhos" para a câmara a tornarem o espaço útil ainda maior. Para o S10 5G o ecrã estica para as "enormes" 6,7 polegadas, que mesmo assim são confortáveis de segurar e que dão mais espaço aos conteúdos multimédia potenciados pela nova geração de redes móveis.
Por dentro está um processador octa-core de 8 nanómetros, e um reforço importante da memória, que varia entre os 6 e os 8 GB, e do armazenamento que parte dos pouco modestos 128 GB na versão mais base do S10e e chega a 1 TB na versão S10 + de cerâmica em branco, que também vai estar à venda em Portugal.
Mais importante para a rapidez é também o suporte ao WiFi 6, para maior velocidade de ligações Wireless, e gigabit LTE. O prometido 5G só vai estar disponível no verão, mas de qualquer forma a norma ainda não está estabilizada nem há redes disponíveis de forma comercial.
No ecrã está também o novo leitor de impressão digital, o Ultrasonic Fingerprint, que está localizado junto da base do display e não no meio, como acontece com o Huawei Mate 20, mas tem um sensor 3D que a Samsung garante ser mais seguro porque “lê” a impressão digital do dedo e não pode ser enganado com uma versão 2D. Certo é que é rápido a responder e que a colocação é prática para quem está habituado a desbloquear o telefone nessa zona.
Só o Galaxy S10e não tem este leitor de impressão digital no ecrã, mudando o leitor para a lateral direita do smartphone, mais perto do topo do que a Sony fazia com os Xperia.
Veja o vídeo com as primeiras impressões da família do S10 e os principais destaques
Em termos de materiais há também mudanças, e novas cores. O S10 tem uma nova versão em cerâmica, nas cores branco e preto, e os Prism, em verde, branco, azul e preto, e o novo amarelo vibrante, o "Canary Yellow" que é a nova aposta depois do lilás de edições anteriores dos Galaxy.
Estabilização de imagem e sensor de profundidade 3D
As câmaras fotográficas – uma das grandes exigências dos utilizadores – foram também melhoradas com sensores e lentes optimizados para captar mais luz e maior ângulo de visualização, melhores câmaras frontais para selfies mas sem o estabilizador de imagem (OIS) de que se falava.
Nos modelos S10, S10 e S10 + o sistema de câmaras traseiro tem três câmaras, uma de 16 MP Ultra Wide com abertura de F2.2 e mais duas de 12 MP OIS com aberturas de 1.5 e 2.4. O S10 5G está reforçado com um sensor de profundidade 3D.
Nas experiências que fizemos no "laboratório" pré preparado pela Samsung notam-se algumas melhorias significativas na estabilidade das fotografias e vídeo, mas o software dá também uma ajuda e há um novo modo de optimização de cenas com sugestão de melhorias de enquadramento das fotos, que pode ser útil para quem tem tendência a entortar o cenário (como as fotos de pôr do sol que nunca estão direitas).
Foi integrado um novo "modo Instagram", para selfies e partilha mais rápida na rede social. Os modos que vão fazer sucesso no Instagram são de certeza os de desfocagem do fundo, com variantes ao bokeh que dão novas formas de apresentar as fotografias e efeitos mais artísticos.
A maior desilusão foi a não inclusão do sistema de estabilização de imagem OIS na câmara frontal, o que faria de facto a diferença a quem faz muitas selfies e vídeos com a câmara da frente. Mesmo assim o suporte a UHD é uma adição importante.
Uma nota ainda para a bateria, que naturalmente também varia consoante os modelos. Desde os 3.100 mAh do S10e passando pelos 3.400 mAh do S10 e 4.100 do S10+, mas esticando mais uma vez a fasquia no modelo 5G, com 4.500 mAh. A bateria dura mais 27% graças a uma melhoria de software, que tira partido do que aprende da nossa utilização para definir modos de utilização, que adaptam a performance a diferentes ambientes.
Naturalmente a duração da bateria é algo a ser testado com tempo, mas fica uma nota importante: todos os modelos têm a funcionalidade Wireless PowerShare, podendo carregar outros equipamentos por contacto, sejam smartphones (de qualquer marca) ou acessórios como os Galaxy Buds.
Também não é uma absoluta novidade "made by Samsung" mas é novo na linha de equipamentos da marca coreana.
Preço e data de venda em Portugal
Os preços são o principal "senão". A aposta que fazíamos ainda antes da apresentação era que ficavam todos acima dos 950 euros, mas a verdade é que o S10e de 128 GB vai ser vendido em Portugal a partir dos 779,9 euros, só que depois é sempre a subir. O S10 de 128 GB custa 929,9 euros e o de 512 GB tem um preço de 1.179,9 euros. O modelo XL, o S10 + tem três modelos diferentes, todos com preços acima dos mil euros: 128 GB a 1.029,9 euros, 512 GB a 1.279,9 euros e o de 1 TB a 1.639,9 euros.
Todos estão já hoje em pré-venda, com a oferta dos auriculares sem fios Galaxy Buds, e chegam às lojas a 8 de março. Só o modelo S10 5G vai estar à venda a partir do verão e o preço ainda não foi divulgado.
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