
Nem só de modelos topo de gama é feita a aposta da Motorola no mundo dos smartphones. Além dos modelos mais económicos da linha G, que têm concentrado a grande parte das vendas da marca em Portugal, a linha Edge também tem modelos com preços um pouco mais “amigáveis” para a carteira.
Exemplo disso é o Edge 50 Neo, uma proposta de gama média com um preço de 499,99 euros, pensada para quem não tem orçamento para um modelo topo de gama, mas precisa de um equipamento fiável para o dia a dia.
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A versão que experimentámos foi “mergulhada” no tom Mocha Mousse, a cor do ano 2025 da Pantone. O painel traseiro tem um revestimento em cabedal vegan suave ao toque e delicadamente salpicado por borras de café, num efeito discreto mas elegante.
Apesar de contar com uma estrutura fabricada em plástico, que contribui para a sua leveza, o Edge 50 Neo é mais resistente do que aparenta à primeira vista. Além de certificação IP68, que lhe confere maior resistência à água e poeira, o smartphone foi concebido para cumprir as normas militares de durabilidade, afirma a Motorola e, durante os nossos testes, conseguiu sobreviver sem arranhões, mesmo sem a capa que o acompanha.
Com dimensões compactas e curvas nas extremidades, o modelo encaixa bem na mão, permitindo uma experiência de utilização mais confortável. No painel traseiro, o módulo de câmaras é ligeiramente elevado, mas não é demasiado intrusivo e consegue ser discreto o suficiente para não interferir com a estabilidade quando é utilizado numa superfície plana.
O Edge 50 Neo está equipado com um ecrã pOLED de 6,4 polegadas, com resolução elevada e molduras reduzidas. O brilho, que alcança um máximo de 3.000 nits, é consistente e adapta-se bem a diferentes cenários de iluminação. A taxa de atualização de 120 Hz torna a navegação fluida e rápida.
Em destaque estão ainda funcionalidades para quem se preocupa com o conforto visual, incluindo opções de prevenção de cintilação e luz noturna. No entanto, sentimos que a reprodução de cores no modo predefinido é demasiado saturada. Se é alguém que costuma usar o smartphone para tarefas mais criativas e que exigem uma maior fidelidade dos tons, recomendamos que opte pelo modo Natural que, segundo a marca, otimiza a cor com base no conteúdo apresentado no ecrã.
Fotografia casual
No que toca à fotografia, o smartphone chega com uma configuração de câmaras que evoluiu ligeiramente em relação à geração anterior. Além de manter a câmara principal de 50 MP e a lente ultrawide de 13 MP, a Motorola optou por integrar uma telefoto de 10 MP com zoom óptico até 3x e zoom híbrido até 30x.
Em cenários bem iluminados, as câmaras do Edge 50 Neo conseguem fazer um trabalho competente. A câmara principal é capaz de captar imagens detalhadas, com uma boa amplitude dinâmica e cores naturais, sem exageros no contraste e saturação dos tons. Por outro lado, a fotografia noturna ou em cenários menos iluminados é mais desafiante, com perda de detalhes nas zonas mais escuras.
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O desempenho dos sensores secundários é satisfatório, mas fica atrás da câmara principal, algo que se nota não só na qualidade das imagens, mas também nas diferenças de tonalidades que surgem nas fotografias captadas entre as diferentes câmaras. No caso da telefoto, as capacidades de zoom deixam também a desejar, sobretudo quanto mais elevado for.
A câmara frontal de 32 MP permite captar selfies nítidas e equilibradas, sendo também possível gravar vídeos a 4K e 30 fps, sendo esta uma possibilidade que se aplica igualmente às câmaras traseiras.
Por outras palavras, esta é uma configuração de câmaras que vai agradar a quem olha para a fotografia como algo mais casual e aprecia captar o mundo à sua volta sem grande perfecionismo. Porém, se é alguém que procura uma experiência mais avançada, esta não se afirma como a melhor opção.
Desempenho sólido para o dia a dia
No interior do Edge 50 Neo encontramos um processador Dimensity 7300 da MediaTek, um chip que está longe de ser o mais poderoso do mercado, mas que permite dar conta das tarefas do dia a dia de maneira competente, da navegação online e nas redes sociais às mensagens e chamadas.
O processador ajuda também a dar conta de algumas tarefas criativas mais leves, como edição de imagem, e até jogos, isto é, desde que não sejam títulos demasiado “pesados” ou graficamente exigentes.
O Edge 50 Neo chega originalmente com o Android 14, que consegue ser facilmente atualizado para a versão seguinte do sistema operativo da Google. A propósito de atualizações, o smartphone tem suporte até cinco anos de updates do sistema operativo e de segurança.
A interface Hello UX traz o estilo próprio da Motorola, com várias opções de personalização e, embora tenha algumas opções inteligentes integradas, este modelo não inclui o leque de funcionalidades do sistema Moto AI, embora a marca afirme que poderão chegar em através de atualizações futuras.
A presença de “bloatware”, ou seja, de aplicações pré-instaladas que nem sempre são tão úteis ou mesmo necessárias, continua a ser um dos aspectos menos entusiasmantes. Embora requeiram alguma paciência, estas apps podem ser removidas ou desativadas.
À primeira vista, a bateria de 4.310 mAh deixou-nos ligeiramente preocupados e já estávamos preparados para ter de andar sempre com um powerbank por perto. No entanto, fomos agradavelmente surpreendidos pela autonomia e gestão de energia eficiente do Edge 50 Neo.
Durante os nossos testes, o smartphone aguentou-se bem mesmo nos dias de uso mais intensivo, chegando à noite com ainda alguma energia disponível para navegar nas redes sociais. Em média, conseguimos um dia de uso longe da tomada e, quando chega a altura de dar mais energia ao smartphone, o suporte a carregamento rápido ajuda a minimizar as preocupações.
Note-se, no entanto, que este já não é um dos modelos mais recentes da Motorola. Entretanto, a linha Edge 60 já chegou a Portugal com o modelo Fusion, que tem um processador idêntico e funcionalidades Moto AI nativas, mas também um preço de 329,99 euros.
O Edge 50 Neo não é o smartphone mais barato, nem o mais recente da Motorola, mas pode ser uma escolha sólida para quem procura uma experiência equilibrada e sem grandes complicações, sobretudo se o encontrar com um bom desconto.
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