A HP tem vindo a oferecer diferentes soluções empresariais na área dos computadores portáteis com uma missão bem definida: apresentar um design atraente e premium, num chassis compacto, de linhas simples. Além disso, um tamanho mais reduzido e leve, no caso do zBook Firefly 14 G7, que pesa 1,4 kg, já o seu irmão maior, o zBook Firefly 15 G8 pesa 1,75 kg. E ambos são a prova de que uma workstation pode ser elegante e poderosa, em vez dos enormes e pesados “monos” de anteriores gerações de portáteis. Mas parecem igualmente robustos, preparados para serem levados, sem medo, para qualquer local de trabalho.
E este é o caminho que as fabricantes continuam a trilhar na criação de modelos que possam satisfazer as diferentes necessidades dos utilizadores, ao nível do trabalho, ensino e atividades de lazer, seja o consumo de multimédia ou um “tirinho” ocasional num videojogo. Mas a produtividade, nestes modelos ZBook Firefly, é o principal foco. O Firefly 14 G7 apresenta um ecrã de 14 polegadas com uma resolução 4K, opção de conetividade LTE (a versão testada não tinha) e um processador de 10ª geração. Mais poderoso, o Firefly 15 G8 já está atualizado com o chip da Intel de 11ª geração, mas a versão recebida estava limitada a uma resolução de 1080p.
Workstation moderna para profissionais em movimento
Apesar de separadas pela geração de processador, ambos os portáteis são esteticamente muito semelhantes. O HP zBook Firefly apresenta o seu logotipo prateado em formato de “Z” na tampa, que passa com distinção ao “teste” da abertura apenas com um dedo. Este aspeto é importante quando um utilizador tem as mãos ocupadas e quer ligar o equipamento o mais rapidamente possível. E ao levantar a tampa, acordar de imediatamente o equipamento, seguindo-se a autenticação através de impressões digitais (com o sensor biométrico colocado na área habitual dos modelos da HP, na direita da base), em poucos instantes estamos aptos a continuar o trabalho. E isso salienta a direção para profissionais do equipamento.
Veja imagens do HP Firefly 14 G7:
No que diz respeito à conetividade, os dois modelos diferem um pouco. No caso do Firefly 14 G7, do lado esquerdo tem duas entradas USB-A 3.1 Gen 1, o jack 3,5 mm para ligação de auscultadores e ainda o leitor de SmartCard, uma característica essencial num computador que requeira a autenticação de um colaborador da empresa ou acesso a conteúdos e aplicações que necessitem ser protegidos.
Do lado direito tem duas entradas USB-C, com compatibilidade Lightning, uma entrada HDMI e a entrada para o adaptador de corrente. No entanto, este modelo veio equipado com carregador via USB-C, o que já começa a ser uma prática comum. Deste lado do portátil encontra-se ainda a ranhura para o SIM de comunicação LTE, embora a versão de teste tenha apenas uma tampa, sem o respetivo leitor, sendo uma funcionalidade opcional que deve ponderar na altura de comprar o computador. Conte ainda com Wi-fi 6 para ligações wireless mais rápidas, assim como suporte a NFC e Bluetooth 5.
A configuração de conetividade do Firefly 15 G8 é um pouco diferente. Do lado esquerdo apenas tem uma entrada USB-A 3.1, empurrando a outra para o lado direito e o jack 3,5 mm. Do lado direito acrescente-se as duas USB-C, um HDMI e uma entrada de corrente, que neste caso é alternativa, visto o computador trazer também um adaptador de corrente via USB-C. Neste modelo, o slot SIM está disponível. No entanto, há um detalhe a apontar. Caso opte por ligar o computador à rede por cabo, terá de utilizar um adaptador USB-C para rede. Se considerar utilizar o carregador e o cabo de rede, vai ocupar as duas saídas USB-C. Opções que obriga a adquirir mais acessórios, como um hub USB-C para expandir a conetividade.
Um aspeto que noto nos portáteis da HP são as suas arestas laminadas e bicudas, que deixam facilmente marcas nas mãos quando se anda com ele. Estes modelos Firefly diminuem bastante os seus ângulos retos, com formas mais redondas e por isso, mais confortáveis de utilizar.
O design em geral não difere muito de outros portáteis da família, mas é distinto no local onde estão colocadas as colunas da Bang & Olufsen. O Firefly 14 G7 apresenta os dois altifalantes nas extremidades do teclado, com padrões triangulares na sua perfuração do chassis. Já o Firefly 15 G8 tem uma única linha na parte superior da base que acompanha todo a largura da dobradiça.
A qualidade do som mantém-se também, muito bem definida, com bons graves, embora destorça um pouco quando puxado o volume no máximo nos dois modelos. Mas como costumo dizer, utilizar o som do computador é circunstancial, visto que qualquer headset consegue oferecer uma experiência mais imersiva, seja a ouvir música ou a assistir a uma série. Mas por outro lado, as colunas são bastante boas a debitar vozes, o que em videoconferências é sempre importante. De notar ainda que o teclado dos portáteis tem um botão de mute dedicado ao microfone.
O teclado costuma ser sempre um ponto forte nos portáteis da HP, e estes modelos não são exceção. Apresentam um formato em chiclete, com teclas bem espaçadas e grandes, e são retroiluminadas para que possa trabalhar em locais mais escuros. E tem dois níveis de intensidade mediante o gosto do utilizador. O teclado é confortável, as suas teclas são suaves à pressão e oferecem uma resposta rápida a escrever. Apenas o modelo maior, o Firefly 15 G8 oferece teclado numérico, enquanto que o Firefly 14 G7 amontoa um pouco as teclas do lado direito, encaixando o cursor com as teclas de “page up” numa coluna da direita. Ainda assim, não é dos piores cursores, visto que as respetivas teclas são maiores que as do Firefly 15 G8.
Ainda no que diz respeito ao teclado, este adota um pequeno stick analógico no centro, opcional ao trackpad em ambos os modelos. Este serve para os utilizadores nunca terem de desviar a mão para mexer o cursor enquanto teclam, servindo para pequenos ajustes, por exemplo. Pessoalmente nunca fui fã, mas é um aspeto que parece quase imagem de marca nos modelos da HP ao longo dos anos. Mas serve como alternativa, e as opções são sempre bem-vindas em tudo.
Da mesma forma que pode alternar entre o uso dos dois botões físicos do rato encostados na parte superior do trackpad, caso não goste dos cliques do próprio painel na sua parte inferior. Embora não seja muito comum oferecer estes dois botões, estes acabam por se tornar bastante úteis, quando se lembra que eles estão lá.
Hardware funcional para o dia-a-dia
De forma a garantir a privacidade dos utilizadores, a webcam apresenta uma resolução de 720p, e tem uma portinhola para que feche quando não está a utilizar, inserida na parte superior da moldura, que nestes modelos é bastante fina. Aliás, o ecrã acaba por parecer maior que o normal graças à sua moldura fina em todos os lados. Ao lado da webcam tem um sensor infravermelho para facilmente fazer o reconhecimento facial do utilizador.
Apesar de um tamanho superior de 15,6 polegadas, a versão do Firefly 15 G8 recebido para teste tinha uma resolução de 1080p a 60 Hz, e por isso, como é óbvio, a imagem 4K do Firefly 14 G7 tinha melhor aspeto, debitando 550 nits de brilho. Ambos permitem abrir a tampa até quase 180º para facilitar trabalhos em conjunto ou mostrar o ecrã sem a necessidade de mover o portátil.
Veja imagens do HP Firefly 15 G8:
Em relação ao hardware, a versão do Firefly 14 G7 tem um processador Intel Core i7 10510U (10ª geração), 32 GB de RAM e 1 TB de armazenamento interno, numa versão bem mais apetrechada, complementada por um GPU NVidia Quadro P520, a família de gráficas desenhadas para workstations, de forma a trabalhar vídeo, edição de imagem ou gráficos sem qualquer problema.
No entanto, este modelo não oferece as afinações e certificações profissionais que agora são oferecidas em propostas topo de gama para a fidelidade de cores, e isso pode ser algo a ponderar para os utilizadores mais exigentes.
Relativamente às especificações do Firefly 15 G8, a configuração roda em torno da nova arquitetura da Intel, composto por um processador i7 de 11ª geração, integrando o GPU Iris Xe, e por isso ganha-se na poupança de energia, mas claro, perde-se no resto. Para trabalhos complexos nada substitui o GPU profissional dedicado NVidia Quadro. Mesmo a nível de memórias, a versão recebida tinha apenas 16 GB de RAM e 500 GB de SSD. Obviamente que memórias, processadores e unidade armazenamento podem ser escolhidos na compra, mediante as necessidades, e neste caso, o Firefly 15 G8 vem com o LTE ativo, no uso de um SIM de dados.
Importante salientar que estes modelos têm uma base com parafusos Philips, o que significa que qualquer técnico da empresa poderá abri-lo e mudar os seus componentes, nomeadamente memórias ou armazenamento interno, caso seja necessário um upgrade.
E no que diz respeito à bateria do Firefly 14 G7, considerando a energia para manter as suas especificações, sobretudo o seu ecrã 4K, não teve qualquer problema em manter-se ligado o dia todo de expediente a correr vídeos do YouTube. Como se sabe, a duração da bateria é sempre muito relativa ao esforço da máquina, da carga de processamento a ser feita, e neste caso, manteve-se umas 6 horas a correr vídeo. Já o Firefly 15 G8, graças à otimização da nova geração de processador da Intel, com GPU interno, e as configurações mais modestas, não teve problema em manter-se ligado o dia todo.
Ambas as versões do Zbook Firefly são esteticamente semelhantes, mas muito diferentes a nível de hardware. Demonstram que podem ser altamente configuráveis mediante as necessidades de cada utilizador. Apesar de ter um processador de anterior geração, o Firefly 14 G7 assume-se como mais poderoso no que diz respeito a trabalhos mais exigentes pelo seu GPU dedicado. Mas também tem um ecrã com um tamanho inferior, ainda que em 4K, do que o outro modelo. O Firefly 15 G8 é mais poupado e otimizado, capaz de funcionar todo o dia se não tiver grandes exigências, pelo menos na versão enviada para teste.
Mas no geral, têm características de uma workstation que primam pela sua ultraportabilidade, são finos e leves dentro do segmento do seu tamanho. E assumem-se como modelos mais em conta que outras propostas no mercado. O Firefly 14 G7 testado custa 1.350 euros, enquanto o Firefly 15 G8 pode ser comprado a partir dos 2.049 euros.
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