A Vodafone anunciou o desligamento da sua rede ADSL, depois de ter concluído o processo de migração dos últimos clientes para as redes mais modernas, como a fibra e o fixo sobre o 5G. A operadora dá assim continuidade à modernização dos seus serviços, como tinha acontecido com o encerramento do 3G em 2023

A empresa diz que tem vindo a investir em novas formas de conectividade, como a fibra ótica que já chega a 5 milhões de casas e empresas em Portugal. Os últimos clientes com acesso ADSL foram migrados para as novas redes, “proporcionando-lhes uma experiência de uso de maior qualidade e fiabilidade”, lê-se no comunicado. A empresa diz que o desligamento abrangeu todo o território de Portugal Continental, num processo que foi planeado e executado com cuidado para minimizar o impacto nos seus clientes. 

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Na decisão de desligar o ADSL, há cerca de um ano, a Vodafone ainda tinha 10 mil clientes a utilizar o serviço, correspondente a 1% do milhão de clientes de serviço fixo que diz ter. No total, foram desligadas 179 centrais que a equipa desligou e desmontou em todo o país. O serviço ADSL era disponibilizado desde janeiro de 2023, inicialmente no segmento empresarial. 

O ADSL (linha digital de assinante assimétrica) era uma tecnologia de banda larga que permitia a transmissão de dados assimétricos sobre linhas de telefone convencionais. A tecnologia, que usava o cobre das linhas, oferecia uma ligação à internet de elevada velocidade, a um baixo custo, aponta a Vodafone. “Entre 2004 e 2015, o ADSL foi a principal forma de acesso à internet de banda larga fixa no País, tendo a partir daí sido progressivamente ultrapassado por alternativas mais modernas, como o modem cabo e a fibra ótica”. 

A partir de 2010, a Vodafone apostou na construção da sua própria rede. Mas nos últimos anos, a evolução tecnológica já garante velocidades de internet e maior largura de banda, com ligações mais estáveis e robustas, o que tornou obsoletas as redes ADSL. E aos poucos os clientes foram migrando para serviços melhores.