Novos dados da Anacom dão a conhecer que, nos três primeiros meses de 2022, o volume de minutos originado na rede fixa, este diminuiu 19,3% em relação ao mesmo período no ano passado, altura em se faziam sentir os efeitos da pandemia de COVID-19 e onde este indicador registou um aumento de 4,6%.
A entidade reguladora detalha que, por tipo de chamada, a diminuição deveu-se em grande parte à redução do tráfego fixo-fixo (menos 23,6%) e, em menor medida, à redução do tráfego fixo-móvel (menos 14,2%), do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (menos 27,9%) e do tráfego internacional de saída (menos 18,1%).
A entidade reguladora explica que a pandemia “provocou uma inversão da tendência de descida do tráfego que se vinha verificando desde 2013”. Estima-se que o efeito da pandemia sobre o tráfego médio por acesso tenha sido mais 32,6% no primeiro trimestre de 2021 e de mais 18,1% nos três primeiros meses de 2022. No período homólogo, “o tráfego fixo-fixo e o tráfego fixo-móvel tinham aumentado 0,7% e 30,5%, respetivamente”, recorda a Anacom.
Em média, durante os três primeiros meses de 2022, foram consumidos, em média, 57 minutos por acesso: “37 minutos em chamadas fixo-fixo, 10 minutos em chamadas fixo-móvel e 2 minutos em chamadas internacionais”, detalha a entidade reguladora. Foram consumidos mensalmente menos 15 minutos por acesso em comparação com o período homólogo.
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Os dados permitem verificar que, nos primeiros três meses do ano, o número de clientes do serviço telefónico fixo registou um crescimento de 1,9% em comparação com o mesmo período em 2021, subindo para cerca de 4,3 milhões.
De acordo com a entidade reguladora, o valor está em linha com a “a tendência histórica estimada”, estando associado à “continuada penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa”.
A Anacom avança que, no período em análise, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,7 por 100 habitantes. Já a taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais foi de 94,4 por 100 lares, menos 0,4 pontos percentuais do que no mesmo trimestre no ano passado.
Olhando para o parque de acessos telefónicos principais, este cresceu 2,1%, atingindo 5,3 milhões, num crescimento que, segundo a entidade reguladora, se deveu ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica (FTTH) e TV por cabo.
Os acessos que se suportam em redes de nova geração, incluindo FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo, tiveram um peso de 85,5% nos acessos telefónicos, mais 3,6 pontos percentuais do que no período homólogo. O número de postos públicos instalados voltou a diminuir, passando para cerca de 13,7 mil, numa queda de 13,6%: a maior desde 2012.
No primeiro trimestre deste ano a quota de clientes da MEO atingiu 41,8%. Segue-se a NOS, com 34,5%, a Vodafone, com 20,1%, e a NOWO, com 2,8%. A Anacom indica que as quotas de clientes da NOS, NOWO e MEO diminuíram 0,5, 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente. Por outro lado, a da Vodafone aumentou 0,8 pontos percentuais. “O nível de concentração diminuiu ligeiramente, mantendo-se elevado”, destaca.
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