Os três principais operadores de telecomunicações foram as empresas que conseguiram vender mais tecnologia ao Estado nos três primeiros meses do ano. Entre si, viram adjudicados contratos com entidades públicas na ordem dos 57,5 milhões, entre janeiro e março. Segundo as contas da plataforma online TendersTool, o valor representa 43% da despesa total em Tecnologias de Informação e Comunicação adjudicada pela AP no primeiro trimestre, que totalizou os 133,2 milhões de euros.

Em concreto, a MEO firmou contratos com o Estado neste período de 24,3 milhões de euros, distribuídos por 74 adjudicações. A NOS fechou 23 contratos, no valor de 17,9 milhões de euros, e a Vodafone 29 contratos, que valem 15,3 milhões de euros. As três empresas, em nome individual, foram os fornecedores do Estado nas áreas TIC em geral e nos serviços em particular, com maiores verbas contratualizadas, mas a liderar o ranking estão os contratos assinados com consórcios de empresas, que representaram 24,5 milhões de euros.

Por áreas, verifica-se que no hardware a maior fatia dos contratos adjudicados visaram também consórcios de empresas, logo a seguir surge a WWS, empresa que conseguiu igualmente o maior valor contratado em projetos de software, no período em análise. Em causa estão duas adjudicações de mais de 5 milhões de euros cada uma, num total de 34 (hardware) e 44 (software) realizadas no período.

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Por organismos públicos, aquele que investiu mais em tecnologia entre janeiro e março foi a Secretaria-Geral do Ministério da Educação, com 11 projetos adjudicados no valor de 58,2 milhões de euros. Logo a seguir surge o Instituto da Informática, que realizou 41 adjudicações, para projetos que somam um investimento de 39,2 milhões de euros. Seguiu-se a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que fechou 13 concursos públicos com uma despesa de 15,9 milhões de euros. Os dados foram compilados num relatório que pode ser consultado aqui.