Depois da MEO e da Vodafone, a NOS confirmou que também pretende aumentar os preços dos seus serviços de telecomunicações no próximo ano.

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A operadora informou que os aumentos aplicam-se apenas a alguns serviços e que serão alinhados com a taxa de inflação. No site da NOS, explica-se que os novos preços entram em vigor a 1 de fevereiro.

Na mesma página, cada cliente pode ver o seu aumento específico depois de selecionar uma das três opções: pacotes com televisão; tarifários móveis pós-pagos; tarifários fixos sem televisão. Também há opções de clientes empresariais.

Em declarações à Lusa, a operadora explicou que no último ano “optou por não refletir os efeitos da inflação nos preços, absorvendo o aumento dos custos ao longo de toda a cadeia de valor”, este ano e num contexto em que “diversos mercados têm anunciado revisões significativas de preços”, vai fazê-lo.

A MEO também já tinha confirmado a previsão de aumento para 2026, em linha com o que está previsto nos contratos, onde normalmente fica ressalvada a possibilidade de uma revisão anual de preços, em função dos valores da inflação. Na MEO só ficam de fora dos aumentos os preços os tarifários das suas sub-marcas para segmentos mais jovens da população: Uzo e Moche.

A Vodafone também pretende atualizar os preços em linha com a taxa de inflação prevista para 2026 e também abre exceções. O valor do aumento vai ser igual ao tecto máximo previsto para a taxa de inflação em 2026 e os novos preços serão aplicados a partir de 9 de janeiro.

No site, a empresa detalha que o aumento de preços não se aplica a novos contratos ou renovações particulares, feitos a partir de 11 de novembro. Também não se aplica aos tarifários RED All In, Yorn Chill e Net+.

A Digi foi o único dos quatro principais operadores de telecomunicações a não anunciar alterações de preços para 2026. A última das empresas do sector a entrar no mercado agitou as águas com a estratégia de preços mais baixos e já provou alterações em todo o mercado nos segmentos de oferta mais competitivos a este nível, admitiu esta terça-feira a presidente do regulador em declarações no Parlamento.

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A Digi trouxe "nova dinâmica ao mercado das telecomunicações", sublinhou Sandra Maximiano, em declarações citadas pela Lusa. "Já existe um impacto positivo, no segmento dos preços mais competitivos", destacou durante uma audição parlamentar na Comissão de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação sobre a cobertura das redes móveis a nível nacional.

Nas análises da Anacom, a Digi mantém mês após mês o melhor preço na maior parte das ofertas analisadas. Em outubro, tinha a mensalidade mínima mais baixa para nove tipos de oferta, num leque de 11 serviços ou ofertas analisados.

A mesma análise mostra, também consecutivamente, que Portugal continua longe do top dos países com preços de comunicações mais competitivos. Também em outubro, Portugal registou a 13.ª variação de preços mais elevada entre os países da UE27.

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